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Doria vê açodamento na ação contra Witzel

O governador de São Paulo João Doria (PSDB) saiu em defesa do seu colega Wilson Witzel (PSC), do  Rio de Janeiro, após a operação da PF no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo fluminense, para apurar supostas irregularidades com dinheiro destinado a combater o novo coronavírus.

“Não há crime configurado”, afirmou o tucano, embora defenda o aprofundamento das investigações. Ele criticou o fato de o presidente Jair Bolsonaro parabenizar a PF pela operação e de a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) falar sobre a investigação antes de ela ser deflagrada.

“Entendo que a investigação deve acontecer. Deve prosseguir por parte do Ministério Público e também de outros órgãos. Mas também me surpreendeu o fato de uma deputada federal vinculada ao presidente da República, literalmente falando em nome do presidente da República, um dia antes anunciava a existência de ações da Polícia Federal. Isso confronta, evidentemente, com iniciativas da Polícia Federal, onde toda e qualquer medida deve ser decidida e deliberada sob sigilo”, afirmou.

Doria fez referência à entrevista dada por Zambelli à Rádio Gaúcha, quando a bolsonarista disse que a PF estava prestes a deflagrar operações para investigar irregularidades cometidas por governadores durante a pandemia da covid-19. A deputada nega que tenha recebido informações da investigação. “Dia 21 de maio saiu um avião da PF daqui (de Brasília) para o Rio de Janeiro. Houve uma operação anterior a essa. Então, era meio óbvio que fossem acontecer outras operações”, frisou,

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