Todos nós já ouvimos muitas vezes que dormir mal é ruim para o corpo e que é melhor evitá-lo. No entanto, um novo estudo sugere que as consequências podem ser muito mais variadas.
Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu que pessoas com distúrbios do sono e insônia são mais propensas a acreditar em eventos sobrenaturais. Em particular, eles acreditam na vida após a morte, fantasmas, demônios e OVNIs.
Em seu estudo, os cientistas tentaram estabelecer uma ligação entre várias variáveis do sono e experiências sobrenaturais. Especificamente, os cientistas examinaram a correlação entre efeitos como paralisia do sono e síndrome da cabeça explosiva, por um lado, e práticas espirituais e experiências de eventos sobrenaturais, por outro. O estudo descobriu que as pessoas com esses distúrbios geralmente acreditam em fenômenos de outro mundo.
Um total de 8.853 pessoas participaram do estudo. No entanto, os pesquisadores não permitiram que pessoas com transtornos e doenças mentais participassem do estudo.
O número de participantes que relataram pelo menos um episódio de síndrome da cabeça explosiva ou paralisia do sono isolada foi de 3.286 e 3.523, respectivamente.
“Para todas as associações, descobriu-se que um nível mais alto de crença paranormal foi associado a uma pior qualidade subjetiva do sono, mesmo quando controlando os efeitos de idade e sexo”, relatam os autores.
Entre os participantes estavam pessoas que acreditavam firmemente em fenômenos paranormais:
12,7% acreditavam na vida após a morte;
8,1% acreditavam na existência de fantasmas;
5,6% acreditam que certas pessoas podem ter contato com o falecido;
4,7% acreditavam na existência de demônios;
3,4% acreditavam que alienígenas visitaram a Terra ou se comunicaram com humanos.
Os autores afirmam que “uma explicação para essas associações é, portanto, que alguém experimentando sons ou imagens associadas ao sono pode interpretar isso como evidência de que existem alienígenas ou outros seres sobrenaturais “, acrescentando que mais pesquisas são necessárias. Os cientistas esperam que seu trabalho contribua para o tratamento de distúrbios do sono se o estudo continuar.