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Doutor, brochei! Cresce número de jovens com problemas de ereção

Marta Nobre

Uma preocupação bem comum entre os homens, principalmente quando começam a avançar na idade, é a queda da ereção. A patologia é mais conhecida como disfunção erétil e, no Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de um terço da população masculina entre 40 e 45 anos, é acometida por ela. Os casos de disfunção tornam-se bem mais frequentes em homens a partir dos 60 anos, com piora acentuada a partir dos 70, mas esse problema não é típico somente desta faixa etária.

De acordo com Diogo Mendes, urologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília, os jovens também podem ser surpreendidos. “Eles se deixam levar muito pelo lado psicológico, são mais emocionais e ansiosos. Esta característica da juventude pode atrapalhar na hora da relação sexual. Se o caso se repetir mais de uma vez, recomendo buscar um médico para realizar os exames necessários”, alerta o especialista.

Ele acrescenta que, habitualmente, não há uma razão específica nos jovens e que na maioria das vezes, não são identificados problemas após a realização dos exames. Neste caso, então, o médico sugere o auxílio de psicoterapeuta.

“Nos jovens a situação é mais tranquila, pois a psicoterapia é resolutiva na maioria dos casos. Nos homens de meia idade, o consumo excessivo do álcool, tabaco, excesso de peso, sedentarismo, uso crônico de remédios e também os quimioterápicos são fatores facilitadores do desenvolvimento da disfunção”, destaca.

Tratamento – De acordo com Diogo Mendes, o tratamento é eficiente e eficaz, mas precisa seguir parâmetros rigorosos e estritos. Ele explica que são recomendados, de acordo com cada caso, remédios, fitoterápicos, vitaminas, atividade física regular, controle de peso e até o uso dos medicamentos para ereção disponíveis no mercado.

“Embora auxilie, o tratamento não é uma mágica onde subitamente os problemas estarão definitivamente resolvidos. A disfunção deve ser encarada muito mais como um alerta, uma consequência de maus hábitos de vida, do que uma causa isolada na saúde do homem”, afirma.

Assim, ainda segundo o urologista, o problema deve funcionar como um importante sinal de que será preciso mudar. “Buscar manter uma vida saudável, com controle do peso e atividade física regular é uima das alternativas. Além disso, visitar o médico regularmente sempre é o melhor caminho para manter a ereção normal e satisfatória”, conclui Diogo Mendes.

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