Após ficar mais de seis meses detido, o médico Denis Cezar Barros Furtado, conhecido como Doutor Bumbum, deixou o presídio Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), no Complexo Penitenciário de Gericinó, nesta quarta (30). Ele recebia ‘dondocas’ em seus consultórios de Brasília e do Rio e foi beneficiado por um habeas corpus concedido por unanimidade pelos desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Denis estava preso preventivamente desde o dia 19 de julho do ano passado, acusado de ser o responsável pela morte da bancária Lilian Calixto de Lima Jamberci, de 46 anos, que saiu de Cuiabá para fazer uma bioplastia nos glúteos.
A cirurgia foi feita na cobertura do médico na Barra da Tijuca. Horas depois após de fazer o preenchimento estético, a bancária passou mal e morreu no Hospital BarraDd’Or, após sofrer quatro paradas cardiorrespiratórias. Lilian teve complicações e foi socorrida pelo próprio Denis. Ele a deixou na unidade de saúde e fugiu em seguida, sendo preso dias depois.
Na decisão desta quarta-feira, os magistrados resolveram substituir a prisão por medidas cautelares, como a proibição de deixar o Rio de Janeiro sem autorização da Justiça e de sair de casa à noite. O médico também deverá se apresentar periodicamente à Justiça e não poderá manter contato com outros investigados no caso.
O Doutor Bumbum responde por homicídio doloso duplamente qualificado e associação criminosa. Também são réus no processo a mãe dele, Maria de Fátima Barros Furtado, que também é médica; a secretária Renata Fernandes e a técnica de enfermagem Rosilane Pereira da Silva.