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Doyle entra na disputa para por Brasília no rumo certo

Foto/Arquivo Notibras

O fisiologismo caracterizado pelo toma-lá-dá-cá, marca da política brasileira só superada pela corrupção, pode estar com os dias contados em Brasília. É isso que estão pregando os correligionários do jornalista Hélio Doyle, virtual protagonista de uma pré-candidatura do PDT ao Palácio do Buriti.

– A bandeira dele, caso se confirme seu nome, será a da moralização. As conversas pouco republicanas de troca de favores para beneficiar políticos ou partidos serão riscadas do mapa. Acima de tudo estarão os interesses da sociedade, revelou a Notibras um entusiasta da candidatura de Hélio Doyle para suceder Rodrigo Rollemberg.

Hélio tem muitas vantagens sobre as candidaturas postas na disputa. Transita com facilidade entre partidos de centro e de esquerda; é bem visto pelos intelectuais e, melhor ainda, sua rejeição junto ao eleitor, até agora, é praticamente zero. Além disso, conhece o Buriti como poucos, fruto da experiência acumulada quando participou dos governos de Joaquim Roriz, Cristovam Buarque (de quem se afastou ao longo dos últimos anos) e Rodrigo Rollemberg.

Desde que o deputado Joe Valle, presidente da Câmara Legislativa, declinou da indicação do nome dele para concorrer à sucessão na capital da República, as especulações em torno de Hélio Doyle despontaram com força no PDT. Até porque, ele colocou-se à disposição do partido para enfrentar o desafio. Depois disso, o jornalista, avesso a panfletagens, se recolheu. Deixou claro, porém, que se for para disputar o Governo de Brasília, será para vencer.

Hélio tem amigos poderosos, influentes junto ao eleitor. Um deles é o senador Antônio Reguffe (sem partido). O carinho de Roriz por ele também é muito grande. E circula com facilidade nas fileiras do PT. Fã de carteirinha de Darcy Ribeiro, costuma citar o antropólogo, morto em 1997: “Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando, lutando, fogo cruzado, pelas causas que me comovem.”

O PDT corre contra o tempo. Que terá candidato próprio ao Buriti, é certo, pois a legenda precisa de um palanque forte em Brasília para seu presidenciável Ciro Gomes. O processo para a escolha de um nome está cada vez mais afunilado. Se o nome anunciado for o de Hélio Doyle, pode estar surgindo a terceira via tão esperada para colocar a cidade finalmente no rumo certo.

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