Terror na mesquita
Duas bombas deixam um morto e 149 feridos na Líbia
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emUma pessoa morreu e 149 ficaram feridas em um atentado nesta sexta-feira (9) em uma mesquita em Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia, informou o ministério da Saúde das autoridades paralelas sediadas no leste do país.
Duas bombas explodiram no início da oração semanal no interior da mesquita Saad Ibn Abu Abada, no centro de Benghazi, 1.000 km a leste da capital, Trípoli, indicou à AFP uma fonte da segurança.
Um dispositivo explosivo foi colocado em um caixão no pátio da mesquita e o outro na entrada, em um armário de calçados.
Testemunhas disseram que viram ambulâncias transportando feridos.
De acordo com Moataz Trabelsi, porta-voz do ministério da Saúde do governo paralelo de Abdallah al-Thenni, o atentado fez um morto e 149 feridos entre os fiéis. Um balanço anterior de uma fonte médica apontava para um morto e 62 feridos.
A missão da ONU na Líbia (Manul) “condenou firmemente” o atentado em sua conta no Twitter, recordando que “os ataques diretos ou cegos contra os civis constituem crimes de guerra”.
Segunda maior cidade da Líbia, Benghazi sofreu um duplo atentado em 23 de janeiro, igualmente em frente a uma mesquita, que matou quase 40 pessoas.
Este atentado não foi reivindicado, mas ilustrou a instabilidade persistente nesta região controlada pelas forças do controverso marechal Khalifa Haftar, hostil ao governo em Trípoli e reconhecido pela comunidade internacional.
A Manul alertou nesta sexta-feira para possíveis “ataques de vingança”, após a execução de uma dezena de supostos jihadistas por um comando líbio no dia seguinte ao atentado do dia 23.
A cidade de Benghazi tem sido particularmente afetada pela violência na Líbia, principalmente contra representações diplomáticas e forças de segurança. Um ataque ao consulado americano em 11 de setembro de 2012 matou o embaixador Christopher Stevens e outros três americanos.
Mais de seis anos após a revolta que derrubou o ditador Muammar Khaddafi, a Líbia segue mergulhada na insegurança e rivalidades políticas.