Clima de suspense em Brasília, onde todas as atenções estarão voltadas, na tarde desta quarta, 25, para o Supremo Tribunal Federal. É que o plenário da Corte começa a julgar, logo depois das 15 horas, se réus delatores e delatados devem apresentar alegações finais (última fase de manifestação) em momentos diferentes nos processos criminais em que houver delação premiada.
Esse imbróglio pode beneficiar uma curriola que está atrás das grades. Entre os possíveis beneficiários, está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, na dependência da posição dos ministros, pode deixar a cela que ocupa na Polícia Federal em Curitiba. Tudo na esteira de réu que conseguiu que seu processo fosse revisto.
É Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras em governos do PT. Ele foi condenado a 11 anos por corrupção e lavagem de dinheiro. A alegação para a reviravolta é de que o então juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça, atropelou as fases processuais. A vitória de Bendine, por 3 a 1, foi na Segunda Turma. A virada de mesa, se acontecer, pode devolver sorrisos toscos a dezenas de corruptos condenados na Lava Jato e deixar Moro com a cara no chão.