É o lobo, é o lobo, é o lobo, diz a fábula de Esopo, sobre pessoas que enganadas várias vezes, pensaram que era mais uma mentira saída da boca de um falastrão, no caso, um menino-pastor birrento que não gostava de ficar só quando olhava para seu rebanho. Não deram ouvidos, portanto, ao personagem que seria conhecido depois como filho de Gepeto. Mas, enfim, o lobo apareceu e ninguém foi socorrer. Abandonado, o mentiroso queixou-se amargamente. O homem mais velho e sábio do rebanho da aldeota respondeu-lhe: “Na boca do mentiroso, o certo é duvidoso.” Por aqui, cansado de tanto vai e vem, de ameaças vazias típicas de fanfarrões, de disse-não-disse, o povo já se prepara para mandar o mentiroso às favas em 2022.