A democracia liberal-parlamentar está morrendo. Morre porque entregou ao mundo guerra, hipocrisia, destruição da seguridade social, devastação, cinismo, cooptação, desistência ou enlouquecimento aos melhores de nós.
O discurso da esquerda desiludida que tenta administrar o sistema não encontra mais lugar. A extrema-direita se radicaliza, é clara ao propor desumanização e salve-se quem puder. E irá caminhar para a ruptura institucional.
Bolsonaro não foi uma etapa final, foi mais uma testagem. O que vimos não foi “o fascismo”, mas, uma possível vertente para o fascismo. Não tenho ilusões: a radicalidade de extrema-direita só encontrará resposta em uma nova radicalidade de esquerda.
Não se trata de utopia, mas de sobrevivência. Não sou negacionista histórico que quero ocultar erros e equívocos ocorridos em tentativas anteriores de superação desse sistema. Mas, não se cria nada sem erros e será preciso aprender com eles.
Uma coisa, porém, eu sei: o discurso fake antissistêmico da extrema-direita demanda de nós a construção de um verdadeiro pensamento e prática e discurso verdadeiramente antissistêmicos. Quando eles estiverem saindo para o ataque, será nossa chance de contra-atacar.
Vamos entrar para ganhar corações e mentes! Essas são as exigências que a história colocou diante de nós. Não seremos gerentes, seremos parteiros… ou coveiros de nossos próprios sonhos.
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@claudiocarvalhoautor