Em meio à necessidade de impulsionar o crescimento do Brasil, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ressaltou nesta quinta-feira, 22, a importância de um orçamento robusto para o próximo ano e dos investimentos em mobilidade urbana. “A gente precisa de crescimento, e crescimento já”, afirmou em reunião do Fórum de Líderes do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
“A questão da capacidade do governo de se financiar vem de uma adequada equação orçamentária que começa com o orçamento de 2016, priorização e economias em muitas áreas. Se houver economia em melhora de serviços tem mais recursos para investimento”, afirmou.
Ainda segundo o ministro, a eficiência energética é um dos caminhos do crescimento. “Eficiência energética é um dos caminhos de crescer, temos que ter imaginação”, disse, ao lado da ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira.
Na avaliação de Levy, o governo está criando novas oportunidades para a indústria e desenvolvimento para ter economia mais limpa. Como uma das alternativas, o dirigente da Fazenda ressaltou que os leilões de energia alternativa vão continuar intensos.
De acordo com o ministro, o Brasil foi o País que mais alcançou resultados em termos de redução de emissões, a maior parte por conta da diminuição do desmatamento em queimadas. Ele ressaltou que hoje o Brasil tem energia mais limpa e que investimentos nesta área permitem o desenvolvimento de tecnologia nacional. Segundo ele, a energia eólica, por exemplo, pode ter reflexos para a indústria de aviação e petróleo.
Levy citou ainda que a construção civil é um dos setores mais importantes do Brasil. “Passa por algumas dificuldades, mas o governo está empenhado em apoiar, apesar da situação cíclica”, disse.
Sem comentários – Em coletiva de imprensa logo após reunião do Fórum de Líderes do CEBDS, Levy se absteve de fazer comentários sobre as contas do governo e a meta de superávit. A entrevista foi
Logo na primeira pergunta, Levy foi questionado sobre qual seria a revisão da meta fiscal para 2015. Em tom de brincadeira, repassou a pergunta para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para que falasse sobre as metas do Brasil na área ambiental.
“O Brasil tem objetivo de reduzir 43% das emissões até 2030. Teremos que preparar os nossos investidores para ter um País mais competitivo no seu crescimento econômico”, respondeu Izabella.
O ministro também evitou tecer comentários sobre a aprovação, em comissão especial, do projeto de lei que trata da repatriação de ativos de brasileiros no exterior. O texto encaminhado pela comissão sofreu alterações e reduziu de 17,5% para 15% a multa e o Imposto de Renda cobrado para que o dinheiro volte legalmente ao País.
“É melhor deixar a liderança do governo se manifestar sobre isso. É um tema que está no Congresso, eu não vi o relatório, acho que a liderança do governo pode se pronunciar”, afirmou.