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Edberto não é Cid e os distritais não são como os deputados federais

Diferente do que ocorreu na Câmara Federal, quando os deputados exigiram uma explicação do ex-ministro da Educação Cid Gomes, por chama-los de achacadores, os deputados distritais não se posicionaram em relação às acusações do ex-administrador do Guará Edberto Silva, demitido nesta quarta-feira 18.

Depois de ser informado da exoneração, Silva foi direto na ferida. Embora sem citar nomes – como fez Cid com os ‘achacadores’ – o ex-administrador dirigiu acusações sérias contra o Legislativo brasiliense.

“Recebi pedidos de deputados distritais e federais para facilitar coisas no Guará e no SIA. As solicitações foram rejeitadas porque não eram éticas e nem legais. Também fui pressionado para não combater invasão de área pública de apadrinhados de alguns parlamentares”, sublinhou Edberto Silva.

A comparação entre duas Câmaras se deve ao fato de há pouco mais de 15 dias, o então ministro da Educação ter chamado um grupo de 300 ou até 400 parlamentares de “achacadores”. Por isso, Cid Gomes foi convocado a ir ao Congresso para se explicar e apontar os supostos maus políticos. não deu nomes, claro. e Foi induzido a pedir demissão.

No plano local, estranhamente os distritais não se manifestaram em relação ao ex-administrador. De duas, uma: ou não dão importância às acusações de Edberto Silva, ou se sentem constrangidos de ter de pedir ao verdugo que aponte qual deputado fez pedidos ilegais.

Alguns parlamentares foram procurados para comentar o assunto mas não se posicionaram. Já o governador Rodrigo Rollemberg rebateu, argumentando que Edberto saiu porque não concordava com a exoneração de outro servidor da administração do Guará, no caso o ex-chefe da Assessoria Jurídica Jorge Antônio.

Jorge Antônio é acusado de supostamente ter recebido propina de cinco mil reais para a facilitação de processos dentro da administração. Apesar da suspeita, Edberto o queria de volta ao cargo.

Elton Santos

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