O pré-candidato à Presidência e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), voltou a criticar a condução da economia do país, durante reunião nesta sexta-feira do diretório nacional do PPS, e disse que os brasileiros estão correndo risco de perder as conquistas que obtiveram.
Campos, que também preside o PSB, e a ex-senadora Marina Silva, que deve ser vice na sua chapa, têm sido repetitivos nos últimos meses ao dizer que a gestão Dilma Rousseff fará o país perder conquistas históricas como o controle da inflação e o crescimento econômico mais vigoroso.
“O Brasil interrompeu o ciclo que as pessoas percebiam que com acertos e com erros estávamos acumulando conquistas em setores importantes da nossa sociedade”, disse Campos.
Segundo ele, o debate a ser feito nesse momento não é o eleitoral e nem o da construção de palanques estaduais, apesar dele mesmo estar empenhado no fechamento das alianças nos Estados.
Nesta semana, Campos e Marina fecharam acordo para lançar uma candidatura própria ao governo de São Paulo, contrariando setores do PSB que preferiam apoiar o projeto de reeleição do governador tucano, Geraldo Alckmin.
“O que está na cabeça do povo brasileiro nesse instante é como vamos colocar esse país para voltar a crescer, conter a inflação, resolver o problema da balança comercial”, disse.
“Há um processo de esvaziamento da indústria brasileira que prossegue e põe em risco um setor estratégico para construção de uma sociedade mais justa”, acrescentou.
As críticas repetidas de Campos têm como objetivo enfraquecer o governo e o discurso da presidente de que as dificuldades econômicas são momentâneas, decorrentes da crise internacional, e que não afetam a geração de empregos e os programas sociais.
Campos não respondeu aos ataques indiretos que Dilma fez aos pré-candidatos de oposição na segunda-feira, durante a comemoração de 34 anos de fundação do PT. A presidente afirmou que seus opositores agem como “caras de pau” e “mentem” ao dizer que o ciclo do PT no governo federal terminou.
O governador disse que não quer entrar no debate que parece “briga de rua” e que o Brasil precisa de união para avançar.
“A gente não precisa dividir o Brasil mais, a gente precisa pelo contrário unir os brasileiros”, argumentou.