Mais de 45 mil egípcios fugiram da Líbia desde o anúncio, em 15 de fevereiro, da decapitação de 21 cristãos coptas pelo grupo radical Estado Islâmico (EI), informaram nesta sexta-feira (20) funcionários e veículos oficiais egípcios, de acordo com a agência France Presse.
O número de egípcios que vivem na Líbia não é conhecido, pois muitos entraram ilegalmente, mas seriam dezenas e até mesmo centenas de milhares, segundo os cálculos. Eles trabalham especialmente com construção e artesanato.
Cerca de 11.500 egípcios deixaram a Líbia através da vizinha Tunísia, entre o anúncio de decapitações pelo EI e esta sexta-feira, disse o porta-voz do ministério da Aviação Civil, Mohamed Rahma.
No mesmo período, cerca de 34 mil egípcios fugiram do país pela fronteira oriental, segundo veículos oficiais.
O Egito solicitou que seus cidadãos deixem a Líbia depois da execução dos coptas, que em sua grande maioria eram egípcios.
O exército bombardeou posições jihadistas na Líbia e pediu uma intervenção militar internacional.
O EI, que controla algumas regiões no Iraque e na Síria, aproveitou-se da anarquia reinante na Líbia desde a queda do regime de Muamar Kadhafi, para estender seu domínio a este país, onde continua cometendo atos violentos e sangrentos ataques suicidas.