Os moderados estavam liderando neste domingo as disputas para os assentos que representam a capital iraniana, nas eleições parlamentares. Estas é a primeira votação do país desde que chegou a um acordo nuclear histórico com os Estados Unidos e outras potências mundiais.
A votação é vista como um referendo da liderança do presidente Hassan Rohani, um político relativamente moderado no regime clerical ultraconservador eleito em 2013. Ele trouxe a promessa de prosperidade por meio de melhores relações com o mundo.
Os moderados também estavam predominando na eleição da Assembleia dos Especialistas, de 88 membros, um corpo clerical que vai escolher um sucessor para o líder supremo aiatolá Ali Khamenei.
Mas os aliados de Rouhani não estavam com desempenho tão forte em cidades menores e áreas rurais. Os resultados finais não devem sair antes de domingo à noite ou de segunda-feira.
Um canal de televisão estatal informou no domingo que cerca de 44% dos assentos parlamentares teriam sido conquistados por reformistas e moderados em todo o país, enquanto 50% por conservadores e 6% pelos independentes.
Essas estimativas sublinham o poder que os conservadores ainda podem ter no geral, apesar de vitórias dos moderados. A grande maioria do parlamento atual é composta por conservadores, em parte porque os reformistas permaneceram distantes das urnas em 2012, para protestar contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, três anos antes.
Cerca de 30% das disputas parlamentares iriam para um segundo turno, informou a televisão estatal, porque nenhum candidato teria obtido mais de 25% dos votos.
Os conservadores e os “linhas-duras” atualmente dominam o parlamento, mas os moderados e reformistas estão esperando uma onda de apoio, depois do acordo nuclear.
A administração do presidente americano Barack Obama tem argumentado que a sua política de engajamento diplomático com o Irã em busca de um acordo nuclear poderia fortalecer os moderados.
Mas durante todo o processo eleitoral, a Casa Branca e representantes do governo cuidadosamente evitaram expressar apoio aos moderados do Irã, temendo uma retaliação.
No domingo, um funcionário do Departamento de Estado só iria dizer que os EUA continuam a acompanhar os resultados da eleição.