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Eleições espalham sujeira de McDowell em Foz do Iguaçu

Akeem e Semmi ficaram mundialmente conhecidos com suas atrapalhadas aventuras em Nova York, principalmente quando trabalharam na McDowell, promovendo, literalmente, a maior sujeira. O lixo produzido pelo clone de uma também hamburgueria famosa em todo o mundo, começa a transbordar no Sul do Brasil.

A diferença é que os personagens tupiniquins, ao contrário do príncipe que procurava uma namorada com a ajuda de seu pajem, tentam ganhar o voto do eleitor prometendo um mundo de fantasias, apesar de conhecidos por serem fichas-suja com um passado nebuloso.

Aqui de Porto Alegre, onde sou correspondente de Notibras desde meados de agosto último, tenho acompanhado por dever da profissão as eleições municipais que se aproximam. No quase vizinho Paraná, por exemplo, pode-se asseverar, sem medo de errar, a estranheza com que Paulo Mac Donald insiste com sua candidatura à Prefeitura de Foz do Iguaçu, mesmo com um histórico extenso de problemas judiciais, que geram insegurança jurídica e incertezas para a população.

Uma breve viagem ao passado mostra que em 2016, Mac Donald foi eleito. Porém, devido às suas pendências legais, foi impedido de tomar posse, resultando em uma nova eleição em 2017. A título de ilustração: enquanto Marcelo Rangel teve sua candidatura à Prefeitura de Ponta Grossa indeferida por atos de improbidade administrativa (Processo Nº 0600220-27.2024.6.16.0139), o caso de Mac Donald é ainda mais grave. Ele acumula múltiplas rejeições de contas e condenações que configuram irregularidades insanáveis, e, mais uma vez, a Justiça avalia se sua candidatura será permitida.

A sentença de Rangel destacou que suas contas foram rejeitadas por irregularidades dolosas e insanáveis, incluindo a falta de devolução de recursos e omissão na apuração de desvios de finalidade. Com Mac Donald, as acusações vão além, envolvendo terceirizações ilegais, uso indevido de recursos públicos e dezenas de ações de improbidade.

A insistência de Paulo em manter sua candidatura, apesar de seu extenso histórico de problemas legais, prolonga uma insegurança que já custou caro para Foz do Iguaçu. A cidade sofreu com a confusão causada por sua eleição impugnada em 2016, e, agora, volta a enfrentar um cenário de incertezas. O desrespeito contínuo de Mac Donald às decisões judiciais não apenas compromete sua própria credibilidade, mas também coloca a cidade em um ciclo de instabilidade política que prejudica diretamente a população, que merece uma administração estável e comprometida com a legalidade.

Com base na gravidade das acusações e na jurisprudência do caso Rangel, tudo indica que o destino de Paulo Mac Donald será o mesmo: a impugnação de sua candidatura, reafirmando a necessidade de gestores públicos que respeitem as normas e garantam a segurança jurídica para Foz do Iguaçu seguir em frente.

Voltando ao príncipe e seu pajem. Se a comédia que fez sucesso nas telonas e nas telinhas é hilariante, o que se vê na TV, durante o horário reservado à propaganda eleitoral, é um verdadeiro filme de terror protagonizado por Mac Donald com o recheio de suas mentiras incluídas no roteiro.

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