Um novo lance no tabuleiro de xadrez em que se transformou a sucessão em Brasília será dado nesta quarta-feira, 16, quando o grupo capitaneado por Cristovam Buarque anunciará seu candidato que entrará na disputa. Alírio Neto (PTB) e Izalci Lucas (PSDB), cantam vitória. Mas não será surpresa se o próprio senador surgir como nome de consenso.
De certo, salvo rasteiras em cima da hora, existem as pré-candidaturas de Eliana Pedrosa (Pros), Jofran Frejat (PR) e Paulo Chagas (PRP), general da reserva que acredita estar em condições de ‘colocar a casa em ordem’. E a do próprio Rodrigo Rollemberg (PSB), candidato natural à reeleição. Esses são os nomes mais citados nas últimas pesquisas.
Mas não estão descartadas outras candidaturas. O PDT pode lançar Joe Valle ou Hélio Doyle; o Novo, o novato Alexandre Guerra; Goudim Carneiro deve sair pelo PMB; e, por fim, Fátima Souza, numa aliança Psol-PCB. O PT, desta vez, vai ficar olhando. O partido considera arriscado lançar um candidato depois do estrago feito com a prisão de Lula.
No frigir dos ovos haverá uma penca de nomes querendo comandar o Distrito Federal a partir de janeiro do próximo ano. Mas são poucos os que parecem ter fôlego para chegar ao segundo turno. É isso o que indicam os números de diferentes pesquisas que circulam nos comitês de supostos candidatos.
Frejat sai na frente em todas elas. É disparado o preferido de pouco mais de 5% dos eleitores. Isso mesmo. Meros cinco por cento. Engana-se quem pensa que o candidato do PR já está eleito. O percentual de votos atribuídos a ele é de 16% de 100 mil eleitores, ou seja, 16 mil votos. Faça as contas: o colégio eleitoral do Distrito Federal é de 2 milhões de votantes. Se 95% se declaram indecisos ou que votarão em branco, restam os 5 por cento de eleitores declarando os votos apontados nas pesquisas.
Os dados de todos os levantamentos são bem semelhantes. De uma maneira geral Eliana Pedrosa aparece em segundo lugar, com até 9% daqueles mesmos 5%. Depois surgem, em ordem decrescente, Rollemberg (5%), Paulo Chagas e Alírio Neto (4%), Izalci (2,6%) e, pouco acima do traço de 1%, Joe e Guerra.
É certo que vão pesar na balança a rejeição e os nomes limpos, sujeitos a virarem fichas-suja. Na rejeição, o líder é Rollemberg, com quase 64%. Depois aparecem Eliana (28%), Izalci (24%), Jofran (23%), Alírio (22%) e Paulo Chagas (21%).
Desses, Izalci é o que mais tem sido bombardeado com ações no Poder Judiciário envolvendo o nome dele. Se virar ficha-suja, é carta fora do baralho. O deputado, porém, denuncia ‘fogo amigo’. Diz que as denúncias ‘são requentadas’ e que a Justiça provará sua inocência.
Urna é caixa de surpresa, mas pouca gente acredita que Rollemberg terá seu mandato renovado. Resta saber, entre esses outros aí de cima, quem vai receber a faixa de governador.