A Comissão Executiva do PPS, em reunião extraordinária nesta segunda-feira, decidiu retirar a candidatura do partido ao Palácio do Buriti e aprovar coligação com o PR de José Roberto Arruda.
Com isso, a deputada Eliana Pedrosa, que concorreria ao cargo de governadora, será vice na chapa encabeçada pelo ex-governador.
A decisão de Eliana, em ceder ao convite formulado por Arruda, complica definitivamente a candidatura de Agnelo Queiroz, que tentará a reeleição em meio a uma rejeição superior a 70%.
O PPS entra como combustível aditivado para mover com mais força o trator do PR, que promete afundar PT e PMDB na própria lama que criaram em Brasília ao longo dos últimos quatro anos.
Analistas políticos avaliam que a nova chapa é imbatível. Há quem aposte que José Roberto Arruda será consagrado nas urnas ainda no primeiro turno.
Até o momento sabe-se que ao lado de Arruda e Eliana marcharão o PRTB e o PMN, siglas que abrigam as deputadas Liliane e Jacqueline Roriz, além do Democratas de Alberto Fraga e o PTB de Gim Argello.
Agnelo Queiroz chegou ao Palácio do Buriti após derrotar, no segundo turno das eleições de 2010, a inexperiente Weslian Roriz, esposa do ex-governador Joaquim Roriz, impedido de concorrer ao cargo pela Justiça Eleitoral.
Porém, mal tomou posse, Agnelo Queiroz foi alvejado por uma série de denúncias. Assuntos como um suposto envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira, a contratos suspeitos quanto era ministro do Esporte, passaram a ocupar as páginas políticas e policiais.
Logo descobriu-se que o novo caminho prometido na campanha seria irregular, com curvas perigosas, e acabaria em um precipício. A tendência é a de que Agnelo seja derrotado num piscar de olhos. E levará junto um grupo do PT e do PMDB que acreditou em suas promessas vãs.
José Seabra