Terça-feira, 22. Os termômetros do Inmet sugerem que Brasília terá mais um dia de temperatura baixa, com elevação gradual no decorrer do dia. O próprio clima político vai arrefecer nas próximas horas. E ficará ainda mais ameno durante a noite, quando Eliana Pedrosa, pré-candidata do Pros ao Palácio do Buriti, se recolher para uma atividade espiritual que vem deixando a alma dela cada vez mais leve.
A preferida de outros ‘buritizáveis’ para compor uma chapa majoritária como vice ou candidata ao Senado, se dedica há algum tempo ao kardecismo, comungando com pessoas de bem, como ela, a filosofia de que para estar bem, é preciso que seu semelhante também tenha as condições mínimas de cidadania, como educação, saúde, segurança, habitação…
E é essa ideia que alimenta cada vez mais a força de Eliana para avançar com sua candidatura. “Precisamos aprimorar a máquina (do Governo). Não é praticar o ‘dando que se recebe’, não é ‘cultuar a caridade’, mas segurar as mãos uns nos outros, para alcançarmos nossos objetivos”, disse Eliana na noite desta segunda-feira, 21, em conversa com Notibras.
A ex-deputada reconhece que trilhar o caminho em direção ao Palácio do Buriti é espinhoso, onde os homens sempre foram protagonistas. Ela avalia, porém, que está em condições de sentar em volta de uma mesa para compor uma ampla aliança com quem deseja o melhor para a sociedade do Distrito Federal. Há ‘raposas políticas’, é verdade, sublinha Eliana, mas pontua que “tem muita gente boa que compartilha meu sentimento de que é preciso fazer algo diferente”.
Nesta terça, como em tantas outras que ficaram para trás mas que não se perderam no tempo, Eliana Pedrosa vai dedicar muitas horas conversando com adversários – e não inimigos – políticos. Isso até que o Sol se ponha, quando ela seguirá para a Comunhão Espírita, para se dedicar mais uma vez aos ensinamentos de Alan Kardec.
Ali, em um prédio da L2 Sul, ela não analisa os resultados de nenhum jogo político. E voltará para casa, mais uma vez, com a certeza de que como o ser humano deve convergir para o bem, a classe política deve convergir em busca do melhor para Brasília.
– A comunhão (pelo social, pelo desenvolvimento) deve se sobrepor a qualquer coisa. E tenho a firme convicção de que meus movimentos, meus passos, me mostram que temos como resgatar a confiança do povo no governo”, revela a pré-candidata.
Definida até por seus adversários mais ferrenhos como uma ‘máquina de trabalhar que não descansa’, Eliana se debruça com sua equipe em um programa de governo onde a educação será a base de tudo. “A área educacional será a base de tudo. Todas as secretarias do governo terão projetos voltados para essa área”, revela.
Otimista, Eliana Pedrosa sublinha que tem agregado apoios à sua ideia de governar. Ela sinaliza que tem muita gente desejando contribuir. E enfatiza que o “amor por Brasília falará mais alto na hora das definições de candidaturas”. Ela alimenta o sentimento de que alguns dos nomes que estão na corrida para suceder Rodrigo Rollemberg “saberão recuar para ajudar um projeto verdadeiramente eficiente para o Distrito Federal”.
Para encerrar a conversa, uma pergunta do tipo ‘à queima roupa’: A Senhora sustenta sua candidatura. Acredita mesmo que poderá unir outros nomes que trilham o mesmo caminho?
A resposta vem sem titubear: “A disputa democrática é saudável, mas quando o funil estreita, o caminho natural é a convergência das forças políticas. O Distrito Federal precisa de consensos que tenham no centro do debate o espírito de retomada da qualidade de vida da nossa população. E como a pluralidade de vozes faz parte do processo, vamos somar, porque novos tempos virão”.