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Em busca do novo, no Novo, para que as mudanças aconteçam

Foto/Divulgação

Nas veias de Rodrigo Freire circula política. Limpa. Está no sangue dele. Neto de Marcos Freire, senador da República morto em um acidente aéreo quando era ministro da Reforma Agrária, esse novo – literalmente, até no partido – personagem que brota como futuro deputado federal por Brasília prega mudanças. Viáveis. ‘Se quisermos, a gente muda. A gente renova. A gente faz o novo (em todos os sentidos) acontecer, revela o candidato nesta entrevista.

O momento, afirma Rodrigo Freire, é de mudanças. E acrescenta: “Os valores cristãos e a participação política são peças fundamentais para a correção das injustiças, para o combate à corrupção e para a construção de um novo Distrito Federal e de um Brasil mais forte”.

Rodrigo Freire é brasiliense, tem 37 anos. Além de advogado, é empreendedor do setor de alimentação. Casado com a jornalista Sabrinna Albert, é membro da igreja Comunidade das Nações, liderada pelo bispo JB Carvalho, e presidente de duas entidades ligadas às áreas de gastronomia, turismo e desenvolvimento econômico do Distrito Federal – a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, seção DF e a Brasília Convention & Visitors Bureau.

Veja trechos da entrevista:

Por que quer ser deputado federal?

– O deputado federal é representante do povo no Poder Legislativo e sua principal atribuição, além da aprovação do orçamento geral da União e fiscalização do Poder Executivo, é propor, discutir, aprovar e revogar leis para que a sociedade se desenvolva e o Brasil se torne um País mais justo. São esses objetivos que me conduzem para a política. Quero ser deputado federal porque acredito que não podemos ficar em uma atitude passiva à mercê da velha política de “toma-lá-dá-cá”, sem ética e honestidade, que destrói os valores da sociedade brasileira e deixa a população desalentada. É exatamente por ter a certeza de que posso contribuir para o fortalecimento da nossa sociedade, na sua dimensão mais ampla, e do nosso Brasil, que me apresento como candidato a deputado federal.

Como vai fazer isso acontecer?

– O meu trabalho na Câmara dos Deputados será voltado para que a vontade do povo prevaleça no Congresso Nacional. Temos de ser ativos e propositivos, se quisermos modificar o Brasil. Temos de fortalecer os mecanismos de participação do cidadão em todos os níveis, para que ele seja bem representado. Para isso, é preciso trabalhar muito por mudanças legislativas que deem espaço para que as pessoas produzam com maior liberdade, sem a burocracia sufocante e sem essa atual carga tributária que estrangula as empresas e o orçamento familiar, principalmente dos mais pobres. É muito triste ver jovens que perdem a esperança no futuro por não encontrarem oportunidades de trabalho. Criar a possibilidade para o crescimento sustentável do cidadão e da economia brasileira é minha prioridade na Câmara dos Deputados. Darei essa contribuição com a minha visão de desenvolvimento por meio da criação de um ambiente que fomente o empreendedorismo e estimule o melhor aproveitamento da diversidade cultural e vocação turística de nosso País.

A falta de emprego e esperança deixa a sociedade brasileira doente?

– Com certeza a falta de emprego, além de trazer complicações à vida financeira, afeta também o estado físico e emocional das pessoas e deixa a sociedade brasileira doente. Com a continuidade de uma situação de desemprego e um alto nível de endividamento, a experiencia social das pessoas é empobrecida e essa situação se agrava pela falta de esperança, em função da indiferença e desprezo por parte dos outros. Até o IBGE já tirou das estatísticas do desemprego aqueles que estão desempregados há mais de dois anos e desistiram de procurar emprego, criando a categoria dos desalentados. Isso provoca uma redução na capacidade de enfrentamento ativo das pessoas e uma maior probabilidade de que elas sucumbam a determinadas tentações como as drogas, a adesão ao crime organizado e a outras atividades permissivas. Desse modo a violência, que é uma manifestação de quem perdeu o referencial do que é o verdadeiro sentido da vida, se espraia na sociedade.

O que fazer para mudar essa situação?

– Ocorre que, a maior parte das situações que ampliam a permissividade na sociedade, não são acidentes de percurso, mas estratégias bem planejadas para provocar o caos, como o Bispo JB Carvalho bem costuma destacar em suas preleções. Acredito que a sociedade só poderá deixar de ser doente se cada um de nós fizer a sua parte. Se cada um de nós for um agente de transformação. Por isso é tão importante que haja a participação política de todos os cidadãos de bem. Do mesmo modo também é importante que sejam eleitos políticos que deem exemplo de retidão e honestidade e que estejam comprometidos com a criação de mais empregos e oportunidades de trabalho para as pessoas. É responsabilidade de todos nós criar ou influenciar a criação de novas práticas de acordo com valores cristãos para transformar a sociedade em que vivemos. Como deputado federal vou atuar para que a Câmara dos Deputados foque no fortalecimento do turismo e do empreendedorismo para a geração de empregos. Com o cidadão trabalhando e sustentando a própria família, valorizaremos e fortaleceremos os laços familiares e sociais que facilitam o combate à corrupção, ao uso de drogas e ao crime organizado.

Quais são as suas bandeiras?

– Minha atuação como Deputado Federal terá por objetivo valorizar quem produz e trabalha melhorando o ambiente de negócios, acabar com os privilégios dos políticos e fiscalizar a atuação do Governo Federal para que os impostos pagos pela população resultem em serviços públicos melhores e mais eficientes. Por esse motivo, minhas principais bandeiras são: (a) reduzir gastos e aumentar a eficiência da Câmara dos Deputados; (b) fortalecer a indústria do turismo como instrumento de desenvolvimento econômico e social (c) estimular o empreendedorismo e a geração de emprego e renda nos lugares onde as pessoas moram; (d) reduzir impostos e simplificar a vida tributária das empresas e do cidadão; e (e) melhorar a qualidade de vida das pessoas, especialmente nas áreas de saúde, educação segurança pública e transportes.

Será possível diminuir o custo da Câmara dos Deputados de forma real?

– Com certeza. Para reduzir gastos da Câmara dos Deputados, proporei diminuir em 50% do número de Deputados Federais, com implantação de voto distrital e fortalecimento dos mecanismos de participação direta e com isso será usado menos dinheiro e teremos o aumento da representatividade do cidadão no Congresso Nacional. Para aumentar a eficiência, também defenderei a reformulação do processo legislativo, com redução do prazo de tramitação dos projetos de lei e criação de um sistema digital e interativo de avaliação de desempenho e resultados do parlamentar.

Por ser presidente do Brasília Convention & Visitor Bureau, como vai fortalecer o setor de turismo?

– O turismo é uma das indústrias que mais contribui para a geração de empregos e renda, com impactos econômicos, sociais e ambientais que afetam todos os setores produtivos do Brasil. Como deputado federal, eu tenho uma proposta de simplificação legal e regulatória para parcerias públicas privadas de pequeno porte no setor turístico e cultural para melhor utilização de parques, espaços e equipamentos públicos. Com esse projeto, facilitaremos o desenvolvimento dessa indústria em qualquer região de acordo com as características e potencialidades locais.

Brasília é uma cidade de servidores públicos e com grande número de desempregados. É possível ter solução para essa questão?

– O servidor público é essencial para o DF e para o país. Temos que fortalecer esse segmento com valorização dos que trabalham e ama suas funções. Mas há um limite da capacidade do Estado em fornecer vagas para novos servidores e, por isso, precisamos focar na geração gerar empregos e renda nos lugares onde as pessoas moram.
Por isso é muito importante estimular o empreendedorismo e assegurar a sobrevivência de micro e pequenas empresas que são responsáveis pelo maior número de empregos no Brasil. A minha proposta para resolver esse problema é apresentar Emenda Constitucional para assegurar imunidade tributária para micro e pequenas empresas durante o primeiro ano de funcionamento. Com o governo proibido de cobrar tributos, essas empresas terão melhores condições de absorver a grande massa de desempregados.

Isso seria interessante essa solução, mas parece inviável em um país tão cheio de regras?

– É viável, sim. É só uma questão de gestão e otimização do que já temos estabelecidos porque a Emenda, que vou propor, é muito mais eficiente do que o programa do Primeiro Emprego. Depois de um ano, muitas novas empresas, que fechariam suas portas em função da carga tributária, vão continuar a ofertar empregos e a pagar tributos. Nessa visão de aumento de renda descentralizada, eu quero também possibilitar ao trabalhador maior liberdade para escolher como investir o FGTS, de modo que ele possa obter melhor rendimento para organizar sua vida financeira.

Essa proposta é criação de subsídio para novas empresas?

– Não é subsídio. É pensar no cidadão, na geração de emprego e no fortalecimento da economia. A partir do momento que essas novas empresas e os trabalhadores ganham força, toda a cadeia econômica brasileira se revigora. Reduzir impostos e simplificar a vida tributária das empresas e do cidadão são medidas fundamentais para que os investimentos sejam retomados no Brasil e o País volte a crescer. Como Deputado Federal, defenderei ainda a eliminação de impostos sobre remédios e medicamentos para que as pessoas possuam mais condições de comprar esses itens essenciais e aumentem seu poder de consumo. No que se refere a simplificação, vou trabalhar para aprovar um Código de Defesa do Contribuinte, com prazo para conclusão de processos administrativos e automatização dos processos de restituição, ressarcimento e compensação de créditos tributários.

Fortalecer o empreendedor basta?

– É parte do caminho porque a solução é complexa. A visão para um novo Brasil tem que passar por propostas que melhorem a qualidade de vida das pessoas focadas no essencial nas áreas de Saúde, Educação, Mobilidade, Emprego e Segurança. Tenho propostas concretas nessas áreas como o fortalecimento das clínicas populares e o uso de aplicativos, da telemedicina e da telessaúde para assegurar a todos atendimento médico ambulatorial descentralizado, exames e serviços de baixa complexidade, inclusive em locais de difícil acesso. Proporei a criação de bônus de impacto social para incentivar o alcance de metas mensuráveis em políticas educacionais, tais como melhorar o desempenho de estudantes, estimular o empreendedorismo e capacitar jovens para o trabalho. E defenderei uma nova política nacional de combustíveis, voltada para eliminar o monopólio de fato que ainda existe no setor, obrigando a Petrobrás a alugar suas instalações (dutos e terminais especializados) para outras empresas, com o propósito de reduzir o preço da gasolina.

Como vai fazer isso sozinho?

– Precisamos de pessoas de bem que querem um DF melhor e um Brasil com mais empregos, renda e sem corrupção. Temos que eleger pessoas com coragem para combater a velha política do troca-troca de cargos, onde as funções públicas ficam prejudicadas pela ineficiência. Eu não uso o fundo partidário e nem o fundo eleitoral para fazer campanha. O dinheiro do cidadão deve ser utilizado para melhorar a saúde, a educação e a segurança da população ao invés de bancar partidos e campanhas eleitorais. E o mais importante de tudo é o compromisso de resistir às tentações do poder, combater todo tipo de corrupção e continuar sempre, mesmo depois de eleito, a ser a pessoa honesta, com valores éticos e cristãos que sempre fui.

Por que você recebeu o apoio do senador Reguffe?

– Eu já assinei o protocolo Reguffe porque os pontos defendidos pelo senador visam um Brasil melhor e está muito alinhado ao que o próprio NOVO acredita. Quando eleito, vou começar dando o exemplo na minha atuação como parlamentar ao cortar e abrir mão de todo tipo de regalia que seja privilégio dos políticos, como fez o senador Reguffe. Além disso, vou analisar e identificar quais impostos podem ser cortados. Identificar leis que criam obstáculos e precisam ser revogadas. E impedir que leis que oneram as pessoas sejam criadas. Entre outras tarefas importantes posso mencionar fiscalizar o governo federal e atuar para aumentar a fatia de recursos destinados ao Distrito Federal em áreas prioritárias como saúde e educação. Precisamos renovar não apenas as pessoas que fazem política, mas também a maneira de fazer política. Chega da velha política.

Qual é a influência da sua família nessa sua proposta política?

– Para mim, a família representa o primeiro dos laços afetivos que determinam a forma de nossas relações com outras pessoas, com a comunidade que nos cerca e com o mundo em que vivemos. Foi num ambiente familiar bastante politizado que desenvolvi meu senso de responsabilidade social. Contar com o apoio da minha esposa e da minha família nessa proposta politica tem sido muito importante. Meu avô Marcos Freire, que foi senador por Pernambuco e faleceu em um acidente de avião em 1987, dizia-me que os problemas desse mundo deviam ser enfrentados “sem ódio e sem medo” e isso tem muita relação com os valores cristãos: “tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”. O exemplo deixado pelo meu avô, tronco dessa minha árvore familiar, sempre me fizeram pensar que é meu tempo de estar na política e ser justo e sem rancor. Eu acredito que o propósito para o homem, que acredita na palavra do Senhor e na força da família, é mudar a vida das pessoas. Reforço, entrar na vida pública é uma ferramenta para transformar a realidade de cada indivíduo, da comunidade, do DF e do Brasil. Para isso, acredito que é preciso ter amor no coração e coragem para enfrentar os desafios.

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