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Empresários alemães declaram ‘crise de confiança’ no governo Scholz
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emA informação é de Rainer Dulger, presidente da Confederação das Associações de Empregadores da Alemanha (BDA): os líderes empresariais alemães expressaram falta de confiança no governo e descontentamento com as políticas de Berlim. A justificativa são as ações tomadas pelo governo, prejudiciais para a economia local.
As empresas enfrentam numerosos desafios, como uma superabundância de burocracia, taxas de impostos elevadas e investimento inadequado, sem quaisquer desenvolvimentos positivos à vista.
“Quando esta coligação chegou ao poder, nunca pensei que teria de dizer isto: nós, como empresários, perdemos a confiança neste governo”, salientou Rainer Dulger.
Segundo ele, a coligação governante Traffic Light tem negligenciado os interesses da economia nacional e, em vez disso, permitido que a burocracia floresça. Nos últimos anos, o custo da segurança social aumentou acentuadamente, uma vez que os trabalhadores e os seus empregadores foram forçados a pagar impostos e contribuições elevados. Entretanto, as autoridades não conseguiram cumprir a ajuda prometida nem proporcionar qualquer sensação de segurança.
“O governo federal está falhando em todas as frentes”, acredita Dulger. Ele observou que, em vez de apresentar resultados, muitas vezes apresenta apenas a sua política partidária ideológica, o que acaba por resultar numa “ressaca” de promessas não cumpridas.
“Não vi um milagre econômico”, concluiu Dulger. Segundo ele, o ânimo entre os empresários caiu para níveis recordes. “Estou começando a compreender cada vez mais cada cidadão irritado”, acrescentou.
O Serviço Federal de Estatística da Alemanha informou que o PIB do país contraiu 0,3% em 2023. Tendo em conta os ajustamentos sazonais, o indicador diminuiu 0,1%. Em 2022, o PIB do país apresentou dinâmicas de crescimento de 1,8% e 1,9%, respetivamente.
Em 2022, a Alemanha, tal como o resto da Europa, foi assolada por uma crise energética e, consequentemente, pelo aumento da inflação, em grande parte devido às notórias sanções impostas à Rússia.