Cinco empresas ligadas ao lobista Adir Assad – preso desde março, em Curitiba, pela operação Lava Jato – receberam R$ 1,2 bilhão. São quatro empresas de locação de equipamentos e uma de marketing e eventos que tiveram quebra de sigilo decretada pela Justiça Federal, sob a suspeita de terem ocultado propinas da Petrobrás.
As cinco empresas são a Rock Star Marketing, Legend Engenheiros Asssociados, Powert To Ten Engenharia, SM Terraplanagem e Soterra Terraplanagem e Locação de Equipamentos.
Nas três primeiras Assad figurou como sócio e admite sua participação, nas outras duas ele nega envolvimento, mas a força-tarefa da Lava Jato suspeita que ele era o controlador. Elas já tinham sido envolvidas nos escândalo da construtora Delta, em 2012, em contratos do Dnit.
Relatório de Análise 68/2015, do Ministério Público Federal, cruza dados bancários, fiscais e comerciais de Assad e de outras pessoas ligadas a ele para apontar as origens dos recursos do lobista. “Em relação aos dados fiscais analisados, observou-se que não há compatibilidade destes com a movimentação bancária das pessoas pesquisadas. Pois os valores declarados são inferiores aos apurados nos dados bancários”, registra o documento anexado nesta terça-feira aos autos.