Duas mulheres morreram neste domingo no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Elas faziam parte do grupo de 15 pessoas que tiveram contato com uma paciente contaminada pela bactéria multirresistente enterococo e que estavam isoladas desde 28 de maio. Ainda não há confirmação do contágio.
Elas estavam internadas na enfermaria de cuidados semi-intensivos Tratava-se de duas idosas com quadros clínicos graves em decorrência de outras doenças. Uma das pacientes tinha 79 anos e, além de apresentar insuficiência respiratória aguda e asma, estava infectada pela superbactéria KPC. A outra, de 80 anos, tinha problema cardíaco, renal e pulmonar.
Todos os pacientes isolados haviam sido submetidos a exames de sangue para detectar se houve ou não contaminação pela enterococo. A previsão é de que o resultado fique pronto na segunda-feira (1º). “Não há motivos para alarde; a contaminação se dá apenas por contato físico e, por causa do isolamento, não há risco de a bactéria se alastrar”, afirma o diretor do Hospital Regional de Taguatinga, Benvindo Rocha Braga. Os funcionários do hospital usam equipamentos de segurança, como luvas e máscaras, para evitar infecção.
A enterococo se aloja no intestino e está presente também no organismo de pessoas saudáveis. Em situações normais, ela não causa grandes problemas. “Porém, quando se torna resistente a antibióticos, o tratamento é demorado e a cura, difícil”, diz Braga.
Desde quinta-feira (28), o atendimento na clínica médica, na cardiologia e na cirurgia de emergência do Hospital Regional de Taguatinga está interrompido. A decisão foi tomada devido à contaminação pela bactéria enterococo de uma mulher de 79 anos, que havia dado entrada com pneumonia. Ela permanece em tratamento.
A Secretaria de Saúde pede que a população siga para outra unidade hospitalar neste período – a restrição não tem prazo para terminar. As demais especialidades, como pediatria, oftalmologia, ginecologia e obstetrícia, estão abertas normalmente e sem risco de contaminação.