Uma noite de Natal
Entre sorrisos e orações, o presente é a felicidade
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emTempos saudosos, esses que transcorrem em dezembro. O mês mal começa e me vem a lembrança das reuniões de Natal, na casa da minha avó. Era o tempo em que sempre estávamos juntos, desejando votos de felicidade mútua e conversando sobre o que esperávamos para amanhecer do dia 25. O que nos teria trazido Papai Noel, entrando por uma imaginária chaminé? Mas antes haveria a Missa do Galo. Era quando nos reuníamos na sala para um especial momento de reflexão. Uma oração do Pai Nosso, depois a ceia e meio a sorrisos largos.
Transporto-me ao raiar da noite de Natal, quando as luzes cintilam como estrelas caídas do céu e o ar carrega o aroma reconfortante de especiarias e pinheiros. O mundo se transforma em um palco mágico onde o coração humano se abre para a generosidade e o amor.
As ruas ganham vida com decorações brilhantes, ecoando risos e canções natalinas. Nas casas, famílias se reúnem ao redor de mesas cheias de guloseimas, compartilhando histórias, risos e o calor de uma companhia amada. Cada casa torna-se um refúgio de amor, onde as diferenças desvanecem diante da chama brilhante do espírito natalino.
No centro de tudo, está o símbolo etéreo do Natal: a árvore adornada. Suas luzes piscam em harmonia, como notas de uma melodia celestial, enquanto os ornamentos contam histórias de anos passados e presentes preciosos. Embaixo dela, os presentes envoltos com carinho aguardam para serem trocados, não apenas como objetos materiais, mas como gestos de carinho e cuidado.
Natal, me lembra a amiga Ia, é a época em que a generosidade é uma moeda universal. As ruas se enchem de voluntários distribuindo sorrisos e calor aos menos afortunados. Cada ato de bondade ecoa como um acorde suave, criando uma sinfonia de esperança que ressoa nos corações de todos.
À medida que a noite avança, a magia do Natal se intensifica. Na quietude da noite, os sonhos se tornam mais doces, e as estrelas parecem piscar com uma luz especial. É como se o universo estivesse sussurrando palavras de paz e esperança para todos os cantos do mundo.
No Natal, somos convidados a desacelerar, a apreciar os pequenos momentos de alegria e a lembrar que, mesmo nas noites mais escuras, a luz da bondade pode iluminar o caminho. Ia volta a falar, com um sorriso no rosto, os olhos azuis brilhantes: “Que esta temporada nos inspire a sermos compassivos, a compartilhar a alegria e a construir pontes que unam corações”.
Assim, enquanto em algumas partes do mundo a neve cai suavemente do céu e as estrelas testemunham a celebração da humanidade, aqui, em nosso Brasil cor de sangue (para deixar claro que me refiro às palavras de Cabral ao descobrir nossas madeiras) o espírito natalino ecoa como um hino de esperança, amor e união, lembrando-nos de que, no final, somos todos parte da mesma história, tecendo fios de alegria e compaixão em nossa jornada compartilhada.
Que este Natal seja uma canção que ressoa em nossos corações, ecoando para além da noite festiva e guiando-nos ao longo do ano que se inicia.
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