Desinfetar embalagens, lavar as mãos, manter as superfícies sempre limpas. Procedimentos comuns adotados durante os dias de confinamento, mas que nada indica que devam desaparecer tão cedo de nossas vidas. Não por acaso, quem começa a construir – ou resolveu aproveitar a quarentena para reformar –, já começa a rever suas prioridades. Entre os revestimentos, saem de cena materiais porosos que acumulam poeira. Ganham pontos os duráveis, fáceis de limpar e turbinados para evitar a proliferação de micro-organismos.
Na bolsa de valores do pós-pandemia, o porcelanato é, por certo, o revestimento melhor cotado. Fabricado a partir de uma combinação de quartzo, argila e outros materiais, trata-se de um material de grande resistência e que absorve uma quantidade muito baixa de água, o que, por si só, já o gabarita para os nossos dias. “O porcelanato é inorgânico e impermeável, o que permite limpeza constante. Só isso já o torna ideal para nossas necessidades atuais”, afirma Maurício Borges, presidente da Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmicas).
Por conta da sua alta resistência, ao contrário da cerâmica, o porcelanato pode ser produzido em chapas de grande formato e fina espessura, o que facilita sua instalação e diminui a necessidade de juntas que podem sempre acumular sujeira. Além da grande variedade de padronagens – de rochas a madeiras, passando por metais –, se comparado às pedras naturais, como o mármore, ele ainda não mancha e tolera bem o contato com fluidos com outros fluidos, como o óleo.
“Eles estão muito mais aprimorados. Em muitos casos, é difícil distinguir um porcelanato de outros materiais”, conta a arquiteta Denise Barreto. Já para sua colega Patricia Martinez, que em um de seus trabalhos revestiu todo um banheiro com o material, o resultado foi bastante satisfatório. “O granilite tende a trincar com a movimentação do contrapiso, o que não ocorre com o porcelanato”, conta ela.
Além da facilidade de limpeza, inovações incorporadas ao material têm feito dele a opção ideal para tempos que pedem proteção máxima. “A ação do Cleantec, tecnologia presente em alguns de nossos produtos, promove a eliminação de até 99,99% das bactérias, em quatro horas”, explica Karina Campos, gerente técnica da Eliane (elianetec.com).
Tintas
A formação de mofo em paredes e tetos não prejudica apenas as condições estéticas de um ambiente, mas também suas condições de salubridade. Hoje, já existem tintas disponíveis no mercado que contam com componentes fungicidas na sua formulação, o que, além de proteger contra a umidade, facilita a manutenção.
“Um dos nossos produtos oferece ação antibactericida, antimofo e fica isento de odores três horas após a aplicação. A função antibactericida elimina até 99% das bactérias”, afirma Tamara Góes, gerente de produto da AkzoNobel, produtora da tinta Coral 3X1 (coral.com.br).
Facilitar ao máximo a remoção de sujeira das superfícies é o objetivo da linha Suvinil Limpeza Total (suvinil.com.br), uma tinta lavável que possibilita a eliminação de manchas causadas por pets, poeira e fuligem.
Outra tinta fungicida, a Metalatex Bactercryl, da Sherwin-Williams (sherwin-williams.com.br), é especialmente recomendada para ambientes propensos a umidade e vapores, como banheiros, cozinhas e lavanderias. Como vantagem, o produto pode ser usado em áreas ocupadas, uma vez que, observadas as instruções de aplicação, e se mantendo o ambiente suficientemente ventilado, o cheiro de tinta desaparece três horas após a aplicação.
Vinílicos
Pensando no cenário pós-pandemia, eles são também uma opção que promete, tanto para o revestimento de pisos, quanto de paredes. Tudo porque, após a instalação, a superfície adquire uma configuração contínua, com menos juntas do que a aplicação de réguas de madeira maciça, por exemplo.
Além da facilidade de instalação e manutenção, os vinílicos recebem tratamento superficial que diminui a sua porosidade e os torna mais resistente à sujeira e às manchas. Além disso, para manter a casa segura, alguns fabricantes também estão agregando propriedades antibactericidas a seus produtos.
Caso da Eucatex (eucatex.com.br), que produz laminados com proteção Bacterban, um agente antibacteriano que impede a reprodução de fungos e bactérias na superfície revestida. Mas as vantagens não param por aí. Por possuir ação prolongada, a tecnologia evita a deterioração causada por microrganismos, mantendo a aparência de novo por muito mais tempo.