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Umbanda e Candomblé

Erês, os porta-vozes entre nós e os orixás

Publicado

Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

Os Erês têm a missão de servir como intermediários entre as pessoas e os orixás. Como os orixás não falam, fica a cargo dos Erês estabelecer essa conexão entre a consciência humana e o inconsciente dos orixás.

Os Erês são um tipo de guia que faz a ponte entre as pessoas e os orixás. Apesar de serem identificados como crianças, devido a sua pureza e inocência são, na verdade, seres encantados, que jamais se personificaram na forma humana.

Origem do termo
Erê é um termo de origem iorubá (língua nigero-congolesa falada em alguns países africanos, situados no sul do Saara). Ao contrário do que muitos pensam, não significa “criança”, mas sim “diversão” e “brincadeiras”.

São entidades que adoram doces e brinquedos (de acordo com sua linha de atuação), são alegres e fazem de tudo para trazer a alegria e o sorriso.

Erês na Umbanda
Na Umbanda, os Erês são da linha de Oxumaré (orixá que representa a cobra arco-íris e é o caminho da felicidade).

São vários os nomes dos Erês, como por exemplo, Joãozinho, Aninha, Mariazinha, Zezinho. Quando demonstram alguma relação com um orixá em especial, seu nome leva um complemento.

Umbanda, Candomblé e Quimbanda: Veja as diferenças e semelhanças!

Erês no Candomblé
No Candomblé, os Erês servem como a conexão entre o orixá regente e a pessoa, no ritual de iniciação. São mais “comportados” que os Erês da Umbanda, e são as suas vibrações que influenciam a energia do terreiro.

Os Erês seguem a linha do orixá de cabeça do iniciado – é o orixá que vai definir a nomenclatura deles. Alguns dos nomes de Erês no Candomblé: Erês de Iansã (Raio, Ventania, Tachinho), de Iemanjá (Conchinha e Maré), de Oxumaré (Chuvinha e Arco-Íris), Exu (Foguinho e Pinga Fogo), de Oxóssi (Andorinha e Flechinha), de Oxalá (Pombinha Branca e Caramujinho), de Oxum (Amorzinho e Espelhinho), de Xangô (Gamelinha e Trovoada), de Ogum (Guerreirinho e Espadinha), entre outros.

Pontos de Erês
Para celebrar toda a jovialidade transmitidas pelos Erês, destacamos alguns pontos cantados, para fechar a matéria com alegria e as boas energias que só as crianças são capazes de transmitir.

Ponto 1
“Papai me manda um balão com todas as crianças que tem lá no céu. Tem doce, papai. Tem doce papai, tem doce lá no meu jardim!”

Ponto 2
Mãezinha do céu, eu não sei rezar. Eu só sei dizer, que eu quero te amar. Azul é o seu manto, branco é o seu véu. Mãezinha eu quero te ver lá no céu, mãezinha eu quero te ver lá no céu”.

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