Érico, 11 anos, não conheceu Senna, mas sabe muito de desenho
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emO tema do concurso de desenho não era dos mais simples. A imagem teria que mostrar Ayrton Senna em uma visita ao Museu da Imprensa. No entanto, com criatividade, o brasiliense Érico Henrique da Silva, de 11 anos, conseguiu vencer o desafio. O menino não chegou a conhecer um dos maiores ídolos da Fórmula 1, mas, para pintar a obra de arte, buscou na memória detalhes que viu, quando mais novo, nos desenhos animados do mito das pistas.
Ele foi o primeiro colocado de uma das categorias do 17º Concurso Nacional Museu da Imprensa, que premiará, na quarta-feira (13), às 14h30, trabalhos de alunos de escolas públicas e particulares de várias partes do Brasil. A cerimônia será na sede da instituição, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG).
A obra, que impressiona pela riqueza de detalhes, mostra Senna sentado em uma das maiores máquinas presentes no salão de visitação do museu, como se estivesse em seu potente carro de corrida. Érico chegou a participar outras duas vezes da mesma categoria do concurso, mas só neste ano conseguiu alcançar a posição principal — no ano passado, ficou em segundo lugar.
“Ele começou a pintar muito cedo. Eu ficava impressionada, pois nunca saía da linha, era sempre com muita perfeição”, conta a mãe de Érico, Cleonice Pereira da Silva. O garoto faz parte de uma das turmas de altas habilidades da Secretaria de Educação de Brasília e estudou boa parte da vida em escolas da rede pública, onde estava matriculado quando foi inscrito por uma de suas professoras no concurso. Atualmente, ele estuda em uma escola particular de Ceilândia.
A facilidade para pintar e desenhar se repete em histórias de vários alunos da capital federal, lugar que mais teve vencedores do prêmio — seis dos 11 ganhadores são de Brasília. É o caso de Geovana Ramos Pereira, de 11 anos, aluna de uma escola particular de Taguatinga, que participou do prêmio pela primeira vez e foi agraciada com o segundo lugar. Ela também concorreu na categoria desenho. Foi inscrita pela mãe, que é professora.
O terceiro lugar da categoria ficou com Guilherme Gaudino Bacelar, que também tem 11 anos. O garoto integra uma turma de altas habilidades da rede pública de ensino e foi inscrito pela segunda vez no concurso, mas esta foi a primeira em que ficou entre os três melhores.
O 17º Concurso Nacional Museu da Imprensa ainda premiou redações dos ensinos fundamental e médio e artigos do ensino superior. Na categoria redação de sexto ao nono ano, o tema era o legado do músico Dorival Caymmi, e o vencedor foi Davi Santim Lima, de 14 anos, também aluno de altas habilidades da rede. O segundo e o terceiro lugar ficaram com Amanda Rodrigues Mendonça, de Goiás, e Andrey Ferreira Marques Cavalcante, da Candangolândia, respectivamente.
A aluna da Universidade de Brasília Janaina Bárbara Bolonezi tirou o segundo lugar na categoria artigo jornalístico. O concurso ainda premiou como melhor redação do ensino médio, com o tema O sentimento nacional de Ary Barroso, os alunos Brendon da Silva Sant’Ana, de São Paulo, Francisco Diego de Oliveira Gomes, do Ceará, e Kaique Porto Almeida, da Paraíba.
A 17ª edição do concurso, que ocorre desde 1996, teve 611 inscritos, de várias partes do País. O certame distribuirá R$ 30 mil entre os vencedores e os professores que o inscreveram na competição. O prêmio será depositado em uma caderneta de poupança oferecida pela Caixa Econômica Federal. A iniciativa é da Imprensa Nacional, órgão vinculado à Casa Civil da Presidência da República.
Mariana Damaceno, Agência Brasília