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Escola Classe vai atender mais de 200 alunos em São Sebastião

Uma nova unidade da rede pública de ensino foi inaugurada nesta segunda-feira (6). A Escola Classe Morro da Cruz, em São Sebastião, tem capacidade para atender 216 estudantes e está em funcionamento. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, acompanhou o primeiro dia de aula das crianças.

A unidade funciona no mesmo prédio do Centro Interescolar de Línguas (CIL) de São Sebastião, localizado no Complexo Educacional Zumbi dos Palmares, enquanto a obra de construção da escola não for licitada. Atualmente, a EC Morro da Cruz tem 18 professores. As crianças estão matriculadas na educação infantil (1° e 2° períodos) e no ensino fundamental (anos iniciais). São 12 salas de aulas no turno matutino e seis salas no turno vespertino para receber os estudantes.

“Esse espaço é muito bom para atender a comunidade. Nossos estudantes estão bem-acomodados enquanto a obra da Escola Classe Morro da Cruz não é licitada. O local está acolhendo e atendendo muito bem as crianças, inclusive as da comunidade Warao”, afirma a secretária Hélvia Paranaguá.

Cláudio Tavares e Ana Clara Vieira, ambos de 9 anos, estão animados com o início das aulas. “Estava com saudade da escola. Estou gostando de tudo”, conta Cláudio, que está no 5º ano do ensino fundamental. “A estrutura da escola é boa, e estou feliz de poder voltar aos estudos”, conta Ana Clara, que cursa o 4° ano.

A criação da Escola Classe Morro da Cruz está na Portaria nº 109, publicada no Diário Oficial do DF de 10 de fevereiro deste ano. “Tiramos do papel e estamos transformando em realidade a Escola Classe Morro da Cruz. No futuro, levaremos para uma estrutura maior. Hoje não temos carência de vagas em São Sebastião. Os novos alunos podem ser encaminhados para a nova sede do Centro Educacional [CED] Zumbi dos Palmares, inaugurado na última sexta-feira [3], ou para a Escola Classe Morro da Cruz”, frisa Grazielle de Sousa, coordenadora da Regional de Ensino de São Sebastião.

A Escola Classe Morro da Cruz também recebe 34 crianças do povo Warao, indígenas da Venezuela. A Secretaria de Educação tem trabalhado com adaptação desses estudantes para que ocorra o respeito e a interconexão entre as culturas.

“A secretaria também precisa fazer esse trabalho de acolhimento, porque as crianças não se identificam com ensino regular tradicional e a evasão escolar é um desafio. Por isso, estamos fazendo um projeto que busca trazer as crianças para a escola, mas numa perspectiva de ensino que mantenha a cultura e a tradição. O projeto conta com uma professora que fala espanhol e uma pessoa da comunidade Warao. Todas essas questões relacionadas à cultura do povo Warao estão sendo inseridas no projeto com objetivo de alfabetização”, conta Bárbara Ribeiro, professora da Escola Classe.

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