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Escola corta microfone de aluna que denunciava assédio

Foto/Divulgação

Uma formanda da Califórnia, nos Estados Unidos, teve seu discurso de formatura cortado quando tentou falar sobre casos de assédio ocorridos na escola. Lulabel Seitz foi uma das vítimas e se disse descontente com a resposta da instituição.

“Mesmo tendo estudado em uma escola onde algumas pessoas defendem assediadores sexuais e silenciam suas vítimas, não deixamos isso nos colocar para baixo”, dizia Lulabel quando teve seu microfone desligado durante a formatura dos alunos da Petaluma High School nesse sábado, 9.

Ela contou ao Buzzfeed News que gostaria de falar sobre as experiências boas e ruins que viveu na instituição. Isso incluía discutir sobre sua insatisfação com o medo como a escola lidou com casos de assédio sexual que ela e outras meninas sofreram.

Contudo, como ela era obrigada a submeter seu discurso para aprovação, a instituição acabou vetando o assunto, mas permitiu que ela citasse uma greve de professores.

Lulabel estava conformada, até que leu um discurso de Martin Luther King no qual ele dizia: “A pior tragédia não é a opressão ou a crueldade das pessoas más, e sim o silêncio das pessoas boas”.

“Eu não abordaria o assunto porque eles me assustaram com ameaças. Mas eu pensei que se eu não defendesse a mim nem às outras meninas, quem defenderia? Foi uma decisão moral que eu tive de fazer”, contou.

No dia da formatura, muitas das formandas pediram para que a escola deixasse que Lulabel terminasse o discurso, mas não tiveram sucesso. Por isso, ela gravou seu discurso na íntegra e postou no YouTube.

“Nossa classe mostrou repetidamente que podemos ser parte de uma nova geração, mas não somos jovens demais para nos defender, sonhar e gerar mudanças”, falou no vídeo completo.

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