Definição antológica de Roberto Amaral, sobre o fim das escolas cívico-militares: Escola não é quartel, soldado não é bedel. Portanto, é, por todos os títulos é digna de aplauso a decisão do ministro Camilo Santana de dar início à desmobilização das “escolas cívico-militares”, mostrengo que se espalhou como praga no governo protofascista, ao arrepio da Constituição e da legislação ordinária. É preciso, contudo, que o MEC vá além e exerça seu poder regulador, fazendo valer as diretrizes da educação nacional e, assim, impedindo o funcionamento das escolas militarizadas anunciadas por certos governadores e prefeitos. De resto, já passa da hora de darmos fim ao que o prof. Manuel Domingos Neto (O que fazer com o militar) denomina “transtorno de personalidade funcional”, que faz o militar brasileiro se julgar entendido de todos os assuntos, bem-vindo em todas as searas e, pior, “supremo avaliador da moralidade e planejador do destino nacional”.