O verão está chegando e com ele o calor. Durante os dias de altas temperaturas, um aparelho se torna absoluto objeto de desejo: o ar-condicionado. A vontade de adquirir um se impõe e surge a dúvida: que modelo comprar?
“É preciso optar por um que se harmonize com a decoração de cada ambiente e, claro, que dê conta do recado”, comenta a designer de interiores da Diptico, Daniela Berland Cianciaruso. Ela conta que em um de seus projetos teve de prolongar o deck de madeira de uma varanda apenas para esconder parte do aparelho e, de quebra, acabou dotando o espaço de um aparador a mais para armazenar acessórios decorativos e itens cotidianos.
Segundo Daniela, a maioria dos prédios mais antigos não tem uma área específica para acomodar as máquinas. Por isso, é bastante comum que elas acabem na varanda. “Mas não basta apenas colocá-la ou trancá-la dentro de um armário”, alerta a arquiteta Barbara Dundes, que quando possível procura incorporar a peça à decoração.
“Nem sempre isso é fácil. É importante pensar em como será feita a remoção da parte frontal do móvel para não dificultar a manutenção”, afirma ela. Antes de mais nada, porém, é preciso verificar as condições da estrutura onde será instalado o equipamento. Tudo deve ser pensado para garantir sua eficiência. “Por mais que se tente, esconder 100% é difícil”, diz.
De acordo com o engenheiro mecânico Luiz Scalise, que há mais de uma década trabalha com ar-condicionado, antes de optar por um aparelho, o consumidor deve se certificar da potência necessária a cada espaço. “Isso acontece por meio de um cálculo que leva em conta o tamanho do ambiente, a quantidade de pessoas que o utilizam e a iluminação. Em caso de dúvida, o melhor a fazer é procurar assistência especializada”, recomenda.
Além disso, é preciso analisar as condições de fixação em cada local e o quanto se está disposto a pagar. Barbara, por exemplo, prefere os de tipo cassete, que ficam no teto. Porém, ela alerta que este equipamento necessita de um rebaixamento de 25 cm a 35 cm do teto para que funcione. “Eles são mais caros e indicados apenas para espaços maiores. Porém, é mais fácil integrá-los”, explica a arquiteta, que assim como Daniela Berland, sempre que possível procura diluir ao máximo a presença do equipamento nos ambientes. “A aparência deles melhorou muito, mas, ainda assim, prefiro dar o menor destaque possível ao aparelho.”