O diplomata espanhol Jesús Figón, que trabalhava como Conselheiro de Interior da Embaixada da Espanha no Brasil e que confessou ter matado a mulher em defesa própria, será julgado pela Justiça brasileira e não na Espanha.
Assim decidiu hoje (8)o juiz da Audiência Nacional espanhola Eloy Velasco, que arquivou a denúncia apresentada pela filha do agente para que fosse julgado na Espanha.
Em um auto, o juiz Velasco lembra que a justiça brasileira já finalizou a investigação contra Figón e as atuações foram enviadas para seu processo ao Poder Judiciário do Estado de Espírito Santo, o que exclui a jurisdição espanhola.
Velasco pediu em junho às autoridades brasileiras poder ouvir o depoimento do diplomata espanhol, mas o tribunal de Vitoria negou sua permissão para a Espanha, fazendo o juiz arquivar o caso a pedido da Promotoria.
Desta maneira, Figón será julgado no Espírito Santo.
Figón, de 64 anos, trabalhava como conselheiro de Interior da embaixada espanhola no Brasil quando matou sua mulher, Rosemary Justino Lopes, de 50 anos.
Figón se entregou às autoridades brasileiras em 12 de maio e foi posto em liberdade após confessar o assassinato, tendo imunidade diplomática retirada.
Figón e a mulher estavam juntos há 30 anos, quando se conheceram na Espanha, e tinham uma filha, que em 13 de maio apresentou a denúncia contra seu pai.