O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse neste domingo (30), em Brasília, que o acordo de livre comércio que o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE) assinaram nesta sexta-feira (28) é “histórico”. Ao participar de um ato em prol da Operação Lava Jato, do governo federal e por mudanças nas atuais regras de aposentadoria, Heleno disse que a estreia do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula do G20, em Osaka, no Japão, foi bem-sucedida.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) esteve ao lado do general. Segundo Augusto Heleno, “o presidente do Brasil voltou de Osaka devidamente homenageado pelos grandes chefes de Estado do mundo”, comentou o ministro, antes de afirmar que o acordo bilateral entre os dois blocos econômicos pode representar o “renascimento econômico do Brasil”.
Sobre os ataques ao ministro da Justiça Sérgio Moro, o general considera “uma calhordice quererem colocar o ministro Sergio Moro na situação de julgado, em vez de ser juiz. Estão querendo transformar os papéis e transformar um herói nacional em um acusado. O ministro teve a coragem de abandonar 22 anos de magistratura para se entregar à pátria sem ganhar nada, perdendo seu salário. E agora está sendo colocado contra a parede”, disse o ministro.
Já perto do fim do ato convocado por movimentos sociais, Heleno subiu em um dos quatro caminhões de som e fez um pedido pela aprovação da reforma da Previdência. “Eu vim aqui apelar aos nossos brilhantes parlamentares, para aqueles que têm a pátria acima de tudo, que não têm ideais de troca-troca, de ganhar cargos, estatais: parem para pensar. Esqueçam ideologia, esqueçam partidos políticos e votem na reforma da Previdência. Aprovem! Aprovem! Aprovem essa nova Previdência, com o menor desgaste possível”, pediu o ministro, atribuindo a deputados e senadores a responsabilidade pela “medida absolutamente inadiável”.
“O Brasil precisa dos parlamentares, e eles precisam de vocês”, acrescentou Heleno, sugerindo que a população apoie as mudanças nas regras previdenciárias. O ministro explicou que não teve a intenção de mobilizar a população para garantir o apoio da opinião pública. Para ele, pouco a pouco, as pessoas têm entendido a necessidade de uma reforma das leis da Previdência.
“Esta já foi uma pauta impopular, mas, pouco a pouco, está se demonstrando à população que é inadiável. Precisamos tirar o país da UTI [Unidade de Tratamento Intensivo]. Eu não falei em pressão. Os parlamentares são suficientemente preparados e patriotas para ter noção do que o país pode vir a ser”, disse.