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Esquerda vive ressaca eleitoral e precisa virar jogo da urna no 2º turno

Foto: Antônio Cruz/ABr

O primeiro turno das eleições municipais comprovou que ainda não superamos 2016, quando a onda de lavajatismo e antipetismo derrubaram Dilma e tiraram a extrema-direita dos subterrâneos da política. Ainda que alguns ícones da primeira onda – como Sérgio Moro, Kim Kataguiri e o grande surfista, Jair Bolsonaro – perderam força, o legado está aí travestido de ‘centro’ ou ‘direita’ que usa ‘talheres e guardanapo’, como os grandes vencedores Tarcísio de Freitas e Gilberto Kassab.

Para a esquerda, ainda falta uma grande aspirina para curar quase dez anos de ressaca. Sem dúvida nenhuma, venceu o fisiologismo e o parlamentarismo orçamentário imposto por Eduardo Cunha e aprofundado por seu aprendiz Arthur Lira.

O esvaziamento do Executivo através do tsunami das emendas impositivas que assola o país demonstrou sua eficiência, turbinando candidaturas vitoriosas e mantendo a máquina do continuísmo a todo vapor. Em resumo, 98% dos prefeitos das cidades campeãs das emendas foram reeleitos. Os parlamentares colheram agora nos municípios e esperam ser recompensados em dois anos com outra safra vigorosa.

Mas não foi apenas o Executivo que perdeu. O Judiciário também se demonstrou fraco e incompetente para combater a política do vale tudo de Pablo Marçal, abrindo um perigoso precedente para naturalizar ainda mais o fascismo nosso de todo dia.

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