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Essa dorzinha de cabeça que não para nunca. O que devo fazer?

Felipe Meirelles, Edição

Cansaço extremo, dormir pouco e uso abusivo de remédios culmina nas temíveis dores de cabeças diárias. Segundo o último dado disponibilizado pela Sociedade Internacional de Cefaleia, existem mais de 100 tipos delas e as mais populares são classificadas em comuns (tencionais), caracterizadas com leves incômodos, e enxaquecas que podem levar a náuseas e vômitos. Nos casos mais graves (crônicos) a dor pode perdurar por alguns dias, até passar.

Um questionário feito pela Sociedade Brasileira de Cefaleia com 3 mil 800 pessoas, constatou que 15% delas sentiam enxaqueca, 13% tinham dor de cabeça normal e 7% confessaram ter enxaquecas crônicas. A mesma entidade afirma que 13 milhões de brasileiros sofrem com esta patologia e a Dra. Bruna Mendonça, neurologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília, explica que a origem deste problema pode ser a junção de diversos fatores.

“Estresse, noites mal dormidas, cansaço acumulado e principalmente o uso abusivo de analgésicos, podem ser os fatores principais do surgimento da cefaleia. Na atualidade, não é raro se deparar tudo isto no dia-a-dia das pessoas e por isto é tão comum encontrar alguém se queixando de dor de cabeça. O corpo sempre acusa quando precisa de algo, quer seja dormir, comer ou beber, por exemplo. O paciente precisa apenas observar e respeitar esse pedido”, comenta.

Mas, em meio a tudo isto, o maior problema relatado, de acordo com a médica, é a dependência do paciente pelo uso contínuo de medicamentos. Bruna acrescenta que existem outras alternativas de tratamentos que vão além das medicamentosas. “Acupuntura, praticar exercícios, ter uma vida saudável e descansar são ótimas opções. Mas, se mesmo com a prática dessas alternativas a dor não cessar, é bom que o paciente busque ajuda especializada principalmente se a dor persistir por alguns dias”, finaliza.

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