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Essa dorzinha que surge após exercícios tem nome e atende por ‘estresse dos músculos’

A prática de esportes é uma recomendação médica que muitos acatam como uma mudança de vida. Mas, como tudo em excesso faz mal, exercícios físicos não fogem à regra e as chamadas lesões por estresse costumam acometer um público “piolho” deste tipo de atividade – principalmente as de alto rendimento, como corridas de longa distância e musculação intensa. Nestes casos, dois tipos de complicação costumam aparecer: a que compromete a saúde óssea e a que atinge os tecidos moles, como os tendões e músculos, por exemplo.

João Simionatto, ortopedista do Hospital Santa Luzia, em Brasília, conta que o principal sintoma são as dores constantes quando realizada a prática esportiva. “Os corredores de rua são os que mais sofrem com isso. Muitos sentem os incômodos no momento da corrida, ocasionada por uma inflamação na tíbia chamada de canelite, e isso pode gerar um problema ósseo pela sobrecarga de esforço mecânico”, explica.

Quando se descobre o real motivo da dor, o médico também acrescenta que o mais indicado é parar de praticar o esporte causador do transtorno. Mas, para que isto não aconteça, o especialista dá dicas de precaução: “ainda no caso da corrida e logo no começo desta nova rotina é bom verificar o tênis e o local de do exercício, pois tudo influencia na saúde do paciente. Procurar correr na grama e esteiras é melhor e tem menos impacto”, acrescenta.

Além das corridas, a musculação intensa também pode gerar a lesão por estresse, principalmente em tendões e músculos, como citado acima. Quanto maior for o esforço diante da carga, maior será a dor e o prejuízo no futuro. “Com a musculação não é diferente. As séries realizadas com o mesmo exercício podem gerar a dor pelo esforço repetitivo e de alta intensidade. Para se prevenir é sempre bom variar os exercícios regularmente evitando o surgimento da lesão nos chamados tecidos moles”, complementa.

Tratamento – O tratamento realizado para auxiliar os pacientes que possuem esse tipo de problema é o uso de anti-inflamatórios responsáveis por amenizar a dor e, nos casos mais graves, a fisioterapia. Além disso, é indicado o uso de compressas de água quente e até a troca da atividade de impacto por outra de menor intensidade, como a natação, por exemplo.

“Queremos que o paciente sinta o mínimo de dor possível e alertamos sempre para os cuidados com o tipo de esporte que se escolhe, respeitando sempre os limites do corpo. É sempre bom lembrar também que um acompanhamento médico é de suma importância”, finaliza.

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