Quando os tempos parecem sombrios e a balança da justiça inclina-se em favor dos poderosos, a mitologia nos oferece figuras que inspiram coragem e retidão. Na cultura chinesa, Guan Yu, o lendário deus da guerra, da lealdade e da justiça, ergue-se como um farol para os que precisam de esperança.
Guan Yu não é apenas um símbolo de força. Ele encarna a honra que não se vende, a amizade que não trai e a justiça que não se curva diante do ouro. Na história chinesa, ele foi um general renomado, imortalizado não apenas por suas conquistas militares, mas por sua lealdade inabalável e valores morais. Quando elevado ao panteão dos deuses, tornou-se o protetor daqueles que não têm voz, o guardião dos juramentos e o defensor dos fracos.
Imagine Guan Yu descendo do seu pedestal celestial para caminhar entre nós. O que ele faria em um mundo onde as injustiças muitas vezes se escondem sob camadas de burocracia, onde os fracos são silenciados, e a compaixão é vista como fraqueza? Ele empunharia sua lendária guan dao, não para ferir, mas para abrir caminhos para a verdade e a equidade.
A presença de Guan Yu seria um lembrete de que, mesmo em tempos difíceis, a lealdade e a justiça devem prevalecer. Ele nos incentivaria a sermos fortes, não apenas na guerra, mas também na defesa do que é certo. E mais do que isso, ele nos ensinaria que a verdadeira coragem está em não desviar os olhos diante do sofrimento alheio, mas em agir para aliviar esse sofrimento.
Talvez não tenhamos um deus guerreiro caminhando entre nós. Mas a essência de Guan Yu pode viver em cada ação justa que tomamos, em cada decisão difícil que escolhemos enfrentar com integridade. Afinal, a mitologia não é apenas um reflexo de tempos antigos. É um lembrete de que os valores que ela representa são eternos e podem, sempre que necessário, entrar em cena para defender os fracos e oprimidos.
É chegada a hora. Que cada um de nós seja um pouco de Guan Yu no mundo.