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Está solteiro? Dê um jeito de casar e fuja dos enfartes

Foto/Divulgação

As pessoas casadas que sofreram infarto têm uma recuperação rápida – e raramente trata-se de um caso fulminante. O contrário acontece com solteiros e viúvos, que perdem na proporção de 10 em cada 15 casos registrados de óbitos. Esses dados são de pesquisa da Aston Medical School, da Inglaterra.

O estudo indica que os casados, independentemente do gênero, que apresentam fatores de risco para o desenvolvimento de complicações cardíacas, como hipertensão arterial, diabetes e colesterol elevado, também tiveram uma taxa menor de mortalidade durante o período da pesquisa.

A pesquisa britânica teve como principal objetivo investigar o impacto do estado civil sobre a mortalidade de pacientes internados em situação cardíacas, com síndromes coronarianas agudas (infarto e angina), e com fatores e riscos cardiovasculares. Os pacientes selecionados se encontravam internados com doenças coronarianas agudas, colesterol elevado, hipertensão, e diabetes tipo 2 (DM2).

O número de óbitos em pacientes de diferentes estados civis foi comparado e, por meio de métodos estatísticos, ajustado para gênero, idade, etnia e, também, determinando as dez maiores causas de mortalidade na Inglaterra. Dos 929.552 pacientes adultos admitidos para o período de estudo, 168.431 apresentavam casos de hipertensão, 53.055 estavam com alterações dos níveis de colesterol, 68.098 pacientes tinham DM2 e 25.287 contavam com síndromes coronarianas agudas.

As análises do estudo relevaram que pessoas casadas, em comparação com as solteiras, apresentaram uma taxa de mortalidade significativamente menor. Concluiu-se que, entre aqueles com hipertensão, houve uma diferença de 10%; nos pacientes com colesterol elevado a diferença foi de 16%; entre diabéticos, 14%; e nos coronarianos foi também de 14%. Os óbitos contaram com taxas menores em pacientes viúvos com hipertensão (3%), diabetes (3,5%) e coronariopatias (4,1%). Pacientes divorciados coronarianos, por outro lado, apresentaram maiores taxas de mortalidade.

Em síntese, os pacientes casados que apresentaram doenças cardíacas ou fatores de risco contaram com taxas de mortalidade mais baixas, não podendo ser ignorado, além das questões sociais e emocionais, o efeito de um melhor gerenciamento da saúde cardiovascular nessas pessoas. Os autores do estudo sugerem a necessidade de gerir mais atenção de suporte social aos pacientes isolados com doenças cardíacas e outros fatores de risco cardiovasculares.

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