Os Estados Unidos exigiram nesta quinta-feira (8) que o governo sírio e as forças russas parem com os mais recentes ataques aéreos e com os supostos ataques químicos contra os civis sitiados.
Em um comunicado do Departamento de Estado, Washington mostrou seu apoio ao apelo da ONU para um cessar-fogo na Guta Oriental, reduto rebelde, e exigiu que Moscou controle seu aliado.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) estimou que mais de 200 civis morreram em quatro dias de ataques aéreos do governo na Guta Oriental.
“Esses ataques precisam acabar agora”, disse a porta-voz Heather Nauert.
“Os Estados Unidos estão extremamente preocupados com a escalada da violência em Idlib, na Guta Oriental e em outras aéreas da Síria ameaçadas pelos ataques aéreos do governo e da Rússia”.
“Estamos novamente chocados com os recentes relatos sobre o uso de armas químicas pelo regime de Assad e a escalada de bombardeios que resultou em dezenas de mortes civis nas últimas 48 horas”.
Os oficiais americanos acreditam que o governo sírio tenha usado cloro como arma química ilegal nos últimos ataques à Guta e em outros locais.
“Os Estados Unidos apoiam os apelos das Nações Unidos para um mês de cessar da violência, a fim de que a ajuda humanitária possa chegar, além da evacuação médica urgente de cerca de 700 civis na Guta Oriental”, declarou Nauert.
“A Rússia precisa usar sua influência com Damasco para garantir que o governo sírio permita imediatamente que a ONU forneça assistência a essa população extremamente vulnerável”.
No entanto, nesta quinta-feira a Rússia se manifestou rejeitando o “irreal” pedido da ONU de cessar-fogo humanitário.
“Isso não é realista”, declarou o embaixador russo, Vassily Nebenzia, a repórteres.
“Gostaríamos de ver um cessar-fogo, o fim da guerra, mas não estou certo de que os terroristas estejam de acordo”, disse.