Guilhermina Coimbra
O Brasil está mudando. E muito. Parlamentar dos velhos tempos, da “velha guarda” e sempre re-eleito, ao ser perguntado se seria candidato nas próximas eleições, respondeu simplesmente: “Não. Agora, não vale mais a pena.” Sem comentários.
Mas, o Brasil ainda tem que continuar mudando e muito. Mais de 210 parlamentares, incluindo Senadores e Deputados estão sob investigação na chamada “farra das passagens”, correspondendo a 35% do Congresso.
Até o momento, nenhum foi processado no Conselho de Ética ou teve o mandato cassado e obrigado a devolver o dinheiro indevidamente utilizado – à Caixa do Tesouro Nacional – a que faz a distribuição de rendas entre os setores carentes do Brasil.
Além dos altos salários que os Ministros, Senadores, Deputados, Vereadores e outros ocupantes de cargos vêm recebendo, os tickets aéreos/passagens de avião e os vôos da Força Aérea Brasileira utilizados por todos eles são pagos com dinheiro advindo dos tributos – impostos, taxas e contribuições – pagos pelos contribuintes, a população brasileira.
Os impostos são todas as contribuições destinadas a prover os gastos da administração pública e equilibrar o orçamento do Estado.
Ministros e Parlamentares costumam utilizar tais passagens de vôos pela FAB, para viajarem de férias e para chegar a tempo em festividades e atividades que nada revertem em benefício dos contribuintes brasileiros.
Viagens de férias e encurtar distâncias não se destinam a prover os gastos da administração pública e desequilibram o orçamento do Estado.
Em um Brasil, no qual eles os Ministros e Parlamentares nada fazem – objetiva, eficiente e eficazmente, para acabarem, no mínimo, com as urgentes e prementes carências de saneamento básico do país – os Ministros e Parlamentares deveriam comprar as passagens em vôos de carreira e utilizarem os próprios carros. A economia de dinheiro público permitiria aos Deputados tomar conhecimento atento sobre a situação dos meios de transportes usados pela população do Estado, da qual aparentam estar alheados.
A “farra” das passagens aéreas não pode continuar. De se esperar a atuação de quem de direito: Supremo Tribunal Federal?.
A população brasileira carente de infra estrutura no Brasil exige que o dinheiro não mais utilizado com o pagamento das passagens – seja destinado ou, à:
– á construção e à manutenção de hospitais e escolas;
– à melhoria de estradas;
– à segurança pública.
Simples assim, a nível de inteligência média da sofrida população brasileira: mais de 200 milhões de habitantes.
O Brasil merece respeito.