A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira, em Pernambuco, um estelionatário acusado de praticar fraudes no recebimento de verba do programa Bolsa Família, do governo federal. Segundo a PF, o despachante Izak Francisco dos Santos, 33 anos, foi detido pela segunda vez pela corporação em Abreu e Lima (PE). Izak já foi preso preventivamente dentro da Operação Fake Work, realizada em setembro do ano passado.
A prisão do suspeito aconteceu em virtude de informações repassadas à Polícia Federal pelo Núcleo de Inteligência do Ministério do Trabalho informando sobre 533 requerimentos suspeitos de fraudes e com indicativos de irregularidades e inserção de falsos vínculos trabalhistas e rescisões fraudulentas, amparadas por decisões judiciais trabalhistas inexistentes.
Com a informação privilegiada, os policiais federais resolveram fazer um levantamento de quando seria a data do próximo pagamento de um desses benefícios suspeitos e, de posse da informação de que a retirada estaria agendada para ontem, os agentes, dirigiram-se por volta das 6h da manhã para a agência da Caixa Econômica Federal localizada no Bairro Novo, em Olinda. A ação teve seu desfecho final quando passados alguns minutos os policiais descaracterizados e guardando uma certa distância, avistaram Izak chegar em seu veículo.
Usando vários cartões, ele sacou os benefícios nos terminais eletrônicos. Após o ato, ele foi abordado pelos federais e detido. Com o suspeito, a polícia encontrou cerca de R$ 21 mil sacados, 32 cartões cidadão, nove cartões do Bolsa Família, oito cartões de crédito, 15 comprovantes de pagamentos de seguro desemprego. Ainda foram apreendidos seis celulares, uma câmera fotográfica, 8 carteiras de trabalho e o veículo utilizado pelo suspeito.
Pelo fato de o crime ter sido cometido contra a Caixa Econômica Federal, a pena poderá ser aumentada em um terço, variando de 1 a 6 anos de reclusão. Em seu interrogatório, IZAK confirmou que após sua prisão em setembro, foi solto em dezembro por determinação do Tribunal Regional Federal da 5ª Região e que o carro apreendido pertence ao seu sogro, porém não deu detalhes sobre sua participação no golpe ou sobre a existência do envolvimento de outras pessoas na prática criminosa.