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Sobra pra quem?

Estranhas histórias sobre suposto rombo no fundo da Rede Sarah

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Mino Pedrosa

Há algo de estranho acontecendo, repetidamente, nas entranhas da Associação das Pioneiras Sociais, que faz a gestão dos Hospitais do Sarah e a demissão em massa injustificável.

Trata-se de má gestão e suspeita de desvios de recursos do fundo de previdência complementar dos funcionários da entidade. As histórias são obscuras, mas não para quem investiu no fundo da empresa. Somente precisa ser esclarecida por quem de direito.

Criado em dezembro de 1996, o fundo teve sua gestão transferida em julho de 2015 numa negociata, no mínimo suspeita. A transferência dos ativos ocorreu no inicio de agosto de 2015 e o fundo de pensão encerrou suas atividades, com os empregados retornando para a patrocinadora. Em dezembro de 2014 o plano tinha 4.363 participantes e 194 beneficiários. O total de ativos, cerca de R$ 380 milhões eram geridos internamente, o restante era feito via gestores terceirizados, em fundos de renda fixa, variável e estruturados.

As maiores posições dos recursos da fundação estavam distribuídos entre Westem, HSBC, BRAM e BNP Paribas

Em 2014 a carteira consolidada do fundo teve uma rentabilidade líquida de 6,2%, contra 11,5% do parâmetro atuarial, e 10,8% do CDI.Lembrando que o fundo era R$ 1,5 bilhão.

Para começar, basta dizer que as operadoras de mercado, Icatu, Bradesco, Itaú e MetLife foram convidadas, por uma carta-convite, a participar da concorrência para gerir os seus recursos.

O dinheiro é grosso, passava da casa de R$ 1 bilhão de reais. A MetLife, única a preencher os requisitos, foi convidada para uma reunião com a presidente da Rede Sarah, Lúcia Villadino Braga e o comitê gestor do Sarah-Prev. Nesse encontro foi participado à operadora que ela fora a escolhida para gerir o fundo Sarah- Prev que aquela altura tinha como o responsável, Murilo Lobato, um antigo empregado.

Porém, apesar do comunicado oficial, nada aconteceu. E a empresa, que tem sede nos Estados Unidos, recebeu orientações para procurar informações junto ao Sarah. Aí veio a desagradável surpresa: a gestão seria do BB-PREV e, segundo a presidente do Hospital, Lucia Braga, “por entender que a instituição mantida com recursos financeiros da união teria de repassar a gestão do fundo a uma instituição financeira do governo, com vínculos junto ao governo”. O que não é verdade. O BB- PREV é uma entidade fechada cuja maior patrocinadora é o Banco do Brasil e agora o Sarah.

Apesar do desconforto e do prejuízo calculado, os dirigentes da MetLife amargaram um insucesso, mas ficou por isso mesmo. Até que as justificativas para essa transferência ao BB-Prev começaram a ser questionadas por alguns funcionários, que temiam a má gestão.

Como é sabido, o desempenho do Fundo Sarah era superavitário. Periodicamente os recursos desse desempenho favorável eram divididos entre todos os participantes-funcionários. E mudou por uma decisão de Lúcia Braga. Os valores do superavit ficaram na conta de investimentos do Fundo Sarah e acabou-se esse, e outros rateios que existiam de benefícios nos aportes de dinheiro.

O pesadelo pelos questionamentos velados que rondava a instituição virou realidade. Os primeiros meses da administração do BB-Prev foram de uma péssima gestão e acarretou inclusive a troca de alguns funcionários que respondiam pela administração direta do fundo BB-Prev.

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