Estudantes cercam Congresso e pedem mais verba para ensino
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emCerca de 2 mil estudantes fizeram manifestação nesta quarta-feira 26 na Esplanada dos Ministérios que terminou em frente ao gramado do Congresso. Com palavras de ordem contra a Copa do Mundo e a favor do passe livre, da valorização do professor e da educação de qualidade, os manifestantes terminaram o ato com um banho no espelho d’água em frente ao Congresso.
A marcha foi liderada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) e faz parte da Jornada de Lutas da Juventude que começa hoje. O movimento estudantil quer pressionar os deputados pela aprovação imediata do Plano Nacional de Educação (PNE), que tramita na Câmara, e a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.
“A juventude está aqui para se unir em torno de pautas que consideramos prioritárias de serem reivindicadas, como é o caso dos 10% do PIB para a educação pública, a democratização dos meios de comunicação de massa, o trabalho decente para os jovens brasileiros”, disse a presidenta da UNE, Vic Barros.
O PNE estabelece metas para a educação pelos próximos dez anos. Entre as diretrizes estão a erradicação do analfabetismo e a universalização do atendimento escolar. O plano também destina 10% do PIB para a educação – atualmente são investidos no setor 5,3% do PIB brasileiro. O projeto tramita no Congresso há três anos.
Grazielle Paz, de 16 anos, aluna do segundo ano do ensino médio de uma escola pública de Sobradinho, no Distrito Federal, contou que participou do ato para defender a educação. “Estão se preocupando demais com a Copa do Mundo e esquecendo dos estudantes. Temos que lutar pelo plano [PNE], porque é algo que pode mudar a educação pelos próximos dez anos”.
De acordo com o tenente-coronel Lucio Cesar Costa Marques, comandante da operação, cerca de 700 policiais militares foram destacados para acompanhar a manifestação, pois a previsão inicial era que 12 mil manifestantes ocupassem a Esplanada dos Ministérios. Segundo ele, o ato terminou sem ocorrências.
Ana Cristina Campos, ABr