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Estudo da FGV aponta quadro recessivo grave

O Indicador Antecedente Composto da Economia Brasileira (IACE), divulgado hoje (14) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e The Conference Board (TCB), caiu 2,2% em março, atingindo 119,9 pontos. A variação acumulada nos últimos seis meses também ficou negativa em 2%.

O IACE agrega oito componentes que medem a atividade econômica no Brasil. Das oito séries componentes, quatro contribuíram de forma negativa para o resultado agregado. A maior contribuição negativa foi do Indicador de Expectativa dos Consumidores.

Da mesma forma, o Indicador Coincidente Composto da Economia Brasileira (ICCE), que mensura as condições econômicas atuais, recuou 0,1% para 96,7 pontos, no mesmo período. A variação acumulada nos últimos seis meses é também negativa, em 2,2%.

Segundo o economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Paulo Picchetti, o resultado do ICCE no mês de março mostra o efeito do recrudescimento da crise sanitária e da desaceleração no consumo das famílias. “A falta de perspectiva de melhora nesses fatores nos próximos meses tem efeito significativo sobre as expectativas em geral, resultando na contração do IACE”, completou.

Segundo a FGV e The Conference Board, a junção dos indicadores individuais em um índice composto funciona como filtro para os chamados “ruídos”, contribuindo para revelar a tendência econômica efetiva.

O IACE permite que seja feita uma comparação direta dos ciclos econômicos do Brasil com os de outros 11 países e regiões avaliados pelo The Conference Board. São eles: China, Estados Unidos, Zona do Euro, Austrália, França, Alemanha, Japão, México, Coréia, Espanha e Reino Unido.

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