Ibaneis, o vaselina
‘Estupro político’ de Filippelli implode o PMDB em Brasília
Publicado
emMarta Nobre
Briga de foice dentro de elevador – e com a luz apagada. É assim que está sendo visto o quadro de racha no PMDB de Brasília, depois que o presidente regional da legenda, Tadeu Filippelli, decidiu impor o nome do advogado Ibaneis Rocha para disputar o Palácio do Buriti em 2018.
Filippellli, ex-deputado, ex-vice-governador, ex-assessor especial de Michel Temer no Palácio do Planalto, de onde foi demitido por seu envolvimento com corrupção, sendo denunciado na Lava Jato, não tem autoridade para falar em nome do PMDB.
É assim que pensa o deputado distrital Wellington Luiz, secretário-geral do partido, sobre a decisão de Filippelli. “Ele (o presidente Filippelli) provocou um estupro político”, reagiu Wellington em conversa com Notibras.
Inconformado com a descida de Ibaneis de paraquedas no PMDB, Wellington Luiz divulgou carta aberta à população, nesta sexta, 3, onde afirma que “nenhum partido é maior que o PMDB. E, partindo dessa premissa, se faz necessário pensar o futuro político daqueles que participam da estrutura partidária, pensando no conjunto do grupo, e não nos desejos pessoais de cada um”.
– Se acaso há desordem interna ou perda de foco por questões pontuais, não se faz reparos ou ajustes no partido, importando à quem pode muito os seus interesses pessoais, visando campanhas futuras. Nosso lastro se escora na história democrática do partido e muito mesmo na reverência às personalidades vinculadas ao amor à democracia e observância ao que se deve destinar uma agremiação partidária”, enfatizou o deputado, mirando Filippelli.
Ainda segundo Wellington Luiz, “não podemos permitir que o desejo pessoal de alguns seja maior que o ideal inalienável e republicano do PMDB. O Povo de Brasília merece respeito e espera muito mais de um Partido que prega seriedade”.