Ah, vá...
Eu, tu, nós.. enfim, estamos todos literalmente sós

O princípio da politicalha do “nós ou eles”.
O Eu fundamenta tudo pelo fato de que é o Eu que pensa.
E pensando dá sentido a todas as ligações aberrativas que estão na base da coisa ilógica.
O Eu é condição de si mesmo; ele compõe a si mesmo.
O Eu é da forma que ele se fez a si mesmo.
É a autocriação.
O Eu gera o ser/coisa e as pós-verdades aberrativas.
Tudo são narrativas.
Não é a ação que vem dele mas, ao contrário, é o agir do Eu que define as o que ficará dos fatos.
O Ser é o resultado do articular e menos do agir.
Mas quem age inicialmente é o Eu.
Moto-perpétuo, morte cíclica onde tudo retorna ao começo.
O Eu é algo ativo e sem restrições e não algo passivo e restrito ou dependente.
O Eu é o princípio absoluto do qual derivam todas as outras coisas e ações.
O Eu não é o Outro: é fundamentalmente o Eu.
O Eu não pode ficar isolado no mundo.
Ele precisa de um contraponto, de uma antítese.
E como ele se pôs, acaba criando um Não-Eu para se contrapor à sua posição.
O conflito.
O Eu e o Não-Eu são ações do Eu.
O Não-Eu é uma necessidade para que o Eu possa se identificar como tal.
O confronto.
O Não-Eu não está fora do Eu, ele faz parte do Eu.
Pois nada pode ser pensado fora do Eu.
Fraternos opostos, fraturas expostas.
A bipolaridade fundamentalista.
Radicais às avessas.
Muito além do breu da caverna.
No angu-geleia geral brasileira, é mais fácil um elefante sair voando do Congresso Nacional.
E la nave do “Eu, Tu: Nós!”, vá…
