Europa critica o Brasil, uma seleção sem cara de campeã
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emO Chile complicou a vida do Brasil o suficiente para levar para a decisão por pênaltis o confronto de oitavas de final da Copa da Fifa neste sábado, o que deixou a imprensa europeia impressionada. Mais do que isso, os principais jornais do Velho Continente não pouparam críticas à forma como o Brasil tem se mostrado na competição.
A diferença, desta vez, foi a atuação do goleiro Júlio César, que defendeu duas cobranças e garantiu a vaga após empate por 1 a 1 no tempo normal.
“Ave César”, estampou o britânico Daily Mail, fazendo referência à forma como era saudado o imperador romano de mesmo nome. A publicação faz as críticas mais duras à Seleção Brasileira, ainda que ressaltando que ela possa chegar ao título. “Poderia facilmente acontecer, devido ao momento de apoio ao time, mas para quem observa de longe baseado em fatos objetivos, eles parecem tudo, menos campeões”, escreveu.
O jornal The Guardian chamou a partida de “batalha épica” e, curiosamente, deu destaque à forma como o Hino Nacional tem sido executado: cantado com força, fora de ritmo, cada vez mais rápido. “O Brasil fez parecer que era uma versão cover do Rage Against the Machine”, escreveu, citando a banda americana de rock. O barulho no Mineirão foi o que empurrou o time à vitória, embora sem unidade, de acordo com a publicação.
Na Espanha, o Marca brincou com o sofrimento da partida em Belo Horizonte. “Brasil bate na madeira”, manchetou o jornal, uma referência ao gesto que se faz quando se busca por sorte. “Brasil andou sobre arame durante toda a partida”, ressaltou, exaltando o desempenho do Chile, uma constante na imprensa internacional. “Chile se desfaz nos pênaltis” foi a manchete do El País, dando ênfase à atuação do time de Jorge Sampaoli em vez dos comandos de Felipão.
Assim também fizeram os italianos, como a Gazzetta dello Sport, que abre o relato da partida com “o mundo, às vezes, é muito cruel”. O texto compara o duelo a um romance – “não era um desafio altamente técnico, mas era bonito e louco” – que terminou de forma trágica para os chilenos. “Consola-te, Chile, porque a história também é feita de perdedores magníficos”, pede uma das principais publicações italianas.