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Disputa no Rio

Ex-aliado ataca e Flávio Bolsonaro vê politicagem

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Autor/Imagem:
Mário Camargo

Pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSDB, o empresário Paulo Marinho, antigo aliado do presidente Jair Bolsonaro, iniciou seu voo com destino à cadeira de Marcelo Crivella acusando manobras do clã Bolsonaro para livrar um deles, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) das investigações sobre as ”rachadinhas’ no gabinete do ex-deputado na Assembléia Legislativa fluminense. E, pior, afirma, a Polícia Federal estava por trás de toda a estratégia.

A artilharia verbal de Paulo Marinho veio à tona por meio de entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, na edição deste domingo, 17. As ilações do empresário foram feitas a Notibras no ano passado, quando ele tentava emplacar como candidato o ex-ministro Gustavo Bebianno, seu amigo particular, morto há dois meses vítima de um enfarte.

Do ano passado para hoje, Paulo Marinho apenas jogou mais gasolina na fogueira, numa tentativa, segundo seus adversários, de ficar em evidência para se cacifar para as eleições municipais do segundo semestre. O empresário é suplente de Flávio Bolsonaro. A avaliação é a de que por baixo dos panos, ele estaria forçando o filho do presidente a se licenciar para disputar a prefeitura; e com seu afastamento, Paulo Marinho ganharia de presente o mandato de senador.

Informado de que o jogo é duro, mas que a bola usada é a politicagem, Flavio Bolsonaro negou as acusações. Paulo Marinho, segundo o senador, vive desesperado, o que causa “um pouco de pena”. O empresário, diz o senador em nota, “preferiu virar as costas a quem lhe estendeu a mão. Trocou a família Bolsonaro por Dória e Witzel,” Tudo movido, segundo Flávio, por um suposto sonho de ambição.

“É fácil entender esse tipo de ataque ao lembrar que ele, Paulo Marinho, tem interesse em me prejudicar, já que seria meu substituto no Senado. Ele sabe que jamais teria condições de ganhar nas urnas e tenta no tapetão. E por que somente agora inventa isso, às vésperas das eleições municipais em que ele se coloca como pré-candidato do PSDB à Prefeitura do Rio, e não à época em que ele diz terem acontecido os fatos, dois anos atrás? Sobre as estórias, não passam de invenção de alguém desesperado e sem votos”, encerra a nota do senador.

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