O ex-deputado Roberto Jefferson, delator do esquema do mensalão, foi levado pouco antes das 20h desta segunda-feira (24) para a Casa do Albergado Coronel PM Francisco Spargoli Rocha, Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
Preso em sua casa, em Levy Gasparian, no sul do estado, ele chegou à capital em um carro da Polícia Federal, às 15h30, passou por duas baterias de exames e por um triagem penitenciária antes de ir para o presídio em que ficará detido em regime semiaberto — poderá sair durante o dia para trabalhar e dormir na prisão.
Sempre acompanhado do advogado, Marcos Pinheiro Lemos, ele fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), antes de ir a Água Santa e dar entrada, às 16h15, no Presídio Ary Franco, porta de entrada do sistema penitenciário do Rio.
Uniforme e cabelo cortado
Às 17h10, já com o uniforme verde da Seap e de cabelo cortado, Roberto Jefferson, em tratamento contra um câncer, foi de ambulância para uma avaliação médica na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Dr. Hamilton Agostinho Vieira de Castro, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste. A chegada à unidade foi às 17h45 e a saída, às 19h50, já rumo ao presídio em Niterói.
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 7 anos e 14 dias de prisão no julgamento do mensalão, Jefferson assinou o mandado de prisão às 12h21. Cerca de meia-hora depois, às 13h05, acompanhado de policiais federais, conversou com jornalistas em frente à casa onde mora. Em seguida, retornou para almoçar, e, às 14h, foi levado em um carro da PF para o Rio.
O STF havia determinado a prisão na sexta-feira (21), mas a polícia aguardava receber o mandado com a ordem, o que ocorreu no fim da manhã desta segunda.
Ao longo do fim de semana, agentes da Polícia Federal fizeram plantão em frente à casa de Jefferson. O ex-deputado chegou a oferecer a impressora para os agentes caso precisassem imprimir o mandado de prisão.
No domingo (23) pela manhã, Jefferson saiu para um passeio de moto, que durou cerca de três horas e meia. Ao voltar para casa, disse aos jornalistas que estava “desfrutando” os últimos momentos de liberdade.