O ex-ministro do Orçamento da França, Jerome Cahuzac, foi sentenciado nesta quinta-feira a três anos de prisão em um dos maiores escândalos políticos do governo de François Hollande.
Uma corte de Paris o responsabilizou por fraude fiscal e lavagem de dinheiro ao esconder sua fortuna em paraísos fiscais ao redor do mundo. A corte afirmou que Cahuzac cometeu irregularidades “de seriedade extraordinária e séria”.
Cahuzac, que também foi impedido de concorrer a qualquer cargo eletivo por cinco anos, pode apelar da decisão em liberdade.
Ele e sua ex-mulher, Patricia Menard, reconheceram manter quantias ilegais em contas no exterior por duas décadas. O casal já pagou cerca de 2,3 milhões de euros em impostos devidos ao governo da França. Menard foi sentenciada a dois anos por fraude fiscal.
Como ministro do Orçamento, Cahuzac foi responsável por lutar contra a evasão fiscal em seu país.
O escândalo elevou a desconfiança sobre políticos tradicionais e aumentou a pressão por mais transparência, questões que devem voltar na próxima eleição do país.