Com o objetivo de conscientizar a população a respeito de doenças masculinas, especialmente a prevenção do câncer de próstata, o Novembro Azul traz o alerta para a importância do rápido diagnóstico e cuidados preventivos. Esase tipo de câncer se desenvolve quando células da próstata se multiplicam anormalmente e formam um tumor.
No Brasil, a doença é a segunda mais comum entre os homens, predominante em todas as regiões, totalizando 72 mil casos novos estimados a cada ano do triênio 2023-2025, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
De acordo com o oncologista clínico da Oncologia D’Or, Bruno Carvalho, o ideal é fazer o diagnóstico precoce, antes mesmo do aparecimento de sintomas.
“Os principais sintomas são alteração do jato e volume urinários, urinar mais vezes à noite, sangue na urina e dor óssea, esta quando está em uma fase mais avançada da doença. As chances de cura com cirurgia ou radioterapia fica em torno de 98%. Nas fases mais tardias da doença, quando se tem metástase, há apenas o cuidado da doença e do paciente, e falamos de sobrevida”, explica.
O câncer de próstata é considerado uma doença da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Segundo o oncologista Bruno Carvalho, a doença pode demorar vários anos para se manifestar, mas tudo depende da biologia tumoral.
“A maioria demora um tempo maior, mas temos outros que são mais agressivos e aparecem de um ano para o outro. Com o aumento da idade, as chances também aumentam, principalmente após os 60 anos. Pacientes com casos de câncer na família, em parentes de primeiro grau e pessoas afro-americanas também têm um aumento da incidência”, alerta.
O diagnóstico pode ser feito pelo exame de PSA, utilizado como check-up para diagnosticar, ressonância e biópsia. Após a confirmação, é iniciado o tratamento adequado para cada caso. “Atualmente temos vigilância ativa em casos diagnosticados em fases iniciais. Temos cirurgia e radioterapia local como tratamentos curativos. Já para doença mais avançada, temos tratamentos hormonais, quimioterapia e procedimentos da medicina nuclear”, explica o oncologista.